Miguel A. Lopes / EPA
Neymar esteve longe de impressionar e terminou o encontro em lágrimas. Enquanto isso, Coman marcou frente à sua antiga equipa, selando a conquista do ‘caneco’ pelo Bayern Munique.
Decorria o minuto 59 quando a cabeça de Kingsley Coman – extremo formado na academia parisiense – valeu ouro e o sexto título na prova para o emblema germânico, o primeiro desde 2013. O Bayern Munique venceu o PSG por 1-0 e conquistou a edição 2019/20 da Liga dos Campeões.
É a primeira vez que o campeão europeu termina a Liga dos Campeões vencendo todos os jogos. Em 11 jogos, o Bayern marcou 43 golos, o que consiste numa impressionante média de 3,9 golos por encontro. Na baliza, Manuel Neuer concedeu apenas oito golos.
O emblema alemão venceu todos os jogos do grupo, derrotando por duas vezes Olympiacos, Tottenham e Estrela Vermelha. Na fase a eliminar, eliminou o Chelsea, ‘massacrou’ o Barcelona e selou o bilhete para a final com uma vitória sólida sobre o Lyon.
“Estou orgulhoso da equipa. Quando começamos, em novembro, li manchetes como: Não há mais respeito pelo Bayern, não há mais medo do Bayern. O desenvolvimento da equipa nos últimos dez meses foi sensacional. Fizemos o melhor uso de tudo, inclusive da paragem devido ao coronavírus. Vimos que o PSG era muito forte ofensivamente, mas mesmo assim jogámos com ousadia e merecemos a vitória”, disse o técnico germânico Hansi Flick.
No comando técnico do Bayern, Flick ganhou 33 dos 36 jogos disputados, conquistando três troféus pelo clube.
Kingsley Coman acabou por ser o herói da final ao marcar o golo decisivo frente à sua antiga equipa. Com apenas 24 anos de idade, o francês já ergueu 20 troféus. Ao serviço do Bayern, foi campeão alemão cinco vezes, venceu três Taças e três Supertaças; pela Juventus, foi duas vezes campeão italiano, venceu uma Taça e uma Supertaça; e pelo PSG, foi campeão francês duas vezes, venceu uma Taça e uma Supertaça.
Entre os postes, Neuer foi também uma verdadeira muralha, evitando em várias ocasiões o golo parisiense.
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“É incrível como nos sentimos agora. Temos a impressão que percorremos um caminho tão longo desde novembro. Não sei o que outros viram, mas nós merecemos ganhar esta final pela forma com jogámos. Eles também tiveram oportunidades, mas nós temos Neuer na baliza. Não foi o nosso melhor jogo, mas tentámos vencer a Taça”, disse Thomas Muller no final do encontro.
Embora tenha estado algo apagado na final, há também outro jogador que merece destaque. Alphonso Davies, o canadiano de 19 anos, foi uma das principais surpresas da competição. O jogador nasceu num campo de refugiados no Gana e mudou-se muito cedo para o Canadá. Evidenciou-se ao serviço dos Vancouver Whitecaps, na MLS, acabando por se transferir para a Baviera no ano passado.
Como tudo, há sempre o outro lado da moeda. Se os jogadores e equipa técnica do Bayern festejaram pela noite dentro, a equipa do PSG saiu cabisbaixa e em lágrimas do campo do Estádio da Luz.
Este domingo o “papai” esteve em modo “offline” e não conseguiu exibir-se ao mesmo nível que apresentou nas vitórias ante a Atalanta e Leipzig. Neymar desperdiçou uma excelente oportunidade para marcar e, além de não ter sido assertivo no momento da finalização, poucas vezes conseguiu criar perigo a jogar entre linhas.
É certo que foi “caçado” e sofreu com a agressividade alemã, mas não teve o génio que se esperava. Dos nove dribles tentados, apenas quatro tiveram êxito e, nas 57 ações que protagonizou, em 17 perdeu a bola.
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No final do jogo, as lágrimas escorriam pelo rosto do internacional brasileiro, que foi confortado por David Alaba e outros jogadores do Bayern.
“Perder faz parte do desporto, tentámos de tudo, lutamos até ao final. Obrigado pelo apoio e carinho de cada um de vocês. Parabéns ao Bayer”, escreveu Neymar na rede social Twitter, após o jogo.
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Muito chora este neymar. Jogar à bola, é que nada. Agora chorar…