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O aglomerado de estrelas mais próximo da Terra está em plena “agonia”

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NASA / ESA / STScI

O aglomerado de estrelas Hyades

O aglomerado de estrelas Hyades, conhecido por estar a “apenas” 150 anos-luz da terra, pode estar a chegar ao final da sua vida.

O aglomerado estelar Hyades está na sua reta final. Uma equipa de cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino unido, fez várias observações com o satélite Gaia sobre a velocidade das estrelas deste aglomerado e fora dele, para descobrir que, de facto, está a “morrer”.

A astrónoma Semyeong Oh explicou, citada pelo Science News, que a equipa descobriu que restam apenas 30 milhões de anos para que o aglomerado perca completamente a sua massa. Se compararmos este período com a idade de Hyades, percebemos que o tempo que lhe resta é muito curto, já que o aglomerado se formou há 680 milhões de anos.

O artigo científico, que ainda carece de revisão por pares, está disponível no arXiv.

Em 2018, equipas de astrónomos da Alemanha e da Áustria observaram que se estava a passar algo de muito estranho no aglomerado Hyades: várias estrelas saíram da formação e geraram duas longas caudas em lados opostos. De acordo com os cientistas, este fenómeno vem a acontecer já há algum tempo.

Semyeong Oh chegou à conclusão que, aquando do seu nascimento, Hyades contava com quase 1.200 massas solares, mas, hoje, restam apenas 300. Quanto mais estrelas saem, menos gravidade sobra para manter unidas as estrelas que ficaram.

S. Röser, E. Schilbach and B. Goldman/Astronomy & Astrophysics 2019

A imagem, concedida pela equipa, ilustra bem este problema: a vermelho encontramos o aglomerado, enquanto que o amarelo mostra a representação das caudas das estrelas que estão a sair. Algumas estrelas que já saíram surgem representadas a verde, enquanto as azuis seguem o movimento do aglomerado.

Quando o aglomerado de estrelas Hyades se desintegrar, é muito provável que as estrelas que o formam continuem a vaguear pelo Espaço nas mesmas posições e velocidades.

ZAP //

2 Comments

  1. 150 anos luz é realmente muito pouco na escala cósmica, talvez quem sabe dentro do espaço que lhe resta não consigamos enviar uma sonda para analizar este aglomerado antes que o seu tempo termine. 30 milhões de anos dá nos muito tempo para evoluir e pensar em algo.

    Bom artigo, continuações.

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