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Cientistas de Harvard descobrem a verdadeira razão por trás da pele de galinha

Uma equipa de cientistas da Universidade de Harvard descobriu que os mesmos tipos de células que causam a pele de galinha são os responsáveis pelo controlo do crescimento capilar.

Os arrepios – ou pele de galinha – são uma peculiaridade muito estranha do nosso corpo que nem a Ciência entende completamente.

Agora, uma equipa de cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, descobriu a razão biológica que justifica esta reação: é a forma do nosso corpo estimular as células estaminais a impulsionar o crescimento capilar.

Uma das principais teorias é que o ser humano primitivo – com muitos pelos – se arrepiava como um mecanismo de aquecimento. Mas, os investigadores começaram a duvidar desta hipótese. Para este novo estudo, a equipa de cientistas de Harvard investigou o que acontece a nível celular, para descobrir que outros benefícios pode estar a fornecer este mecanismo, descreve o New Atlas.

Em experiências com ratos de laboratório, a equipa encontrou um objetivo com muito potencial: as células que causam os arrepios também assumem um papel fundamental na regulação das células estaminais que regeneram os cabelos e os folículos capilares, um efeito que foi aumentando à medida que as temperaturas mais frias foram prolongadas.

Isto significa que os arrepios são uma solução a curto prazo, enquanto o corpo tenta estimular o crescimento de novos cabelos para nos mantermos mais quentes a longo prazo.

“É uma resposta em duas camadas: os arrepios são uma forma rápida de proporcionar alívio a curto prazo, mas, se o frio durar, tornam-se um bom mecanismo para as células estaminais saberem que talvez esteja na hora de regenerar um novo pêlo”, explicou Yulia Shwartz, co-autora do artigo científico, publicado dia 16 de julho na Cell.

O mecanismo por trás dos arrepios é conhecido há muito tempo: quando fica frio, o nervo simpático contrai um pequeno músculo que se liga ao fundo de um folículo piloso, puxando-o com força, fazendo com que o pêlo fique em pé e a pele ao redor encolha, criando uma textura irregular a que se dá o nome de pele de galinha.

Nesta nova investigação, a equipa descobriu uma nova parte desta equação: o nervo simpático também tem uma conexão direta com as células estaminais do folículo piloso. Quando o nervo é ativado, ele ativa as células estaminais para dar início ao processo de crescimento de novos pêlos.

ZAP //

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