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O “Homem Vitroviano” de Da Vinci está muito próximo das medidas modernas

(dr)

Leonardo da Vinci e o Homem Vitruviano

As medidas corporais do “Homem Vitroviano” de Leonardo da Vinci são anatomicamente muito próximas das modernas. Apenas os comprimentos do braço e da coxa são mais imprecisos.

O “Homem Vitruviano” de Leonardo da Vinci é um famoso desenho que representa o modelo ideal do ser humano, com proporções perfeitas. Embora tenha sido idealizado há mais de cinco séculos, uma equipa de investigadores descobriu que está anatomicamente bastante próximo das medidas do Homem moderno.

Os cientistas norte-americanos recorreram a uma tecnologia que examinou os corpos de quase 64 mil jovens em boa forma física, escreve o Web MD.

“Apesar das diferentes amostras e métodos de cálculo, o corpo humano ideal de Leonardo da Vinci e as proporções obtidas com as medições contemporâneas foram semelhantes“, relatou uma equipa liderada por Diana Thomas, matemática da Academia Militar dos EUA.

Para perceber o quão preciso é o desenho de Da Vinci, os autores do estudo publicado este mês na revista científica Journal of the American Medical Association fizeram algumas medições a recrutas da Força Aérea dos EUA.

“Exceto pelo comprimento do braço e comprimento da coxa, as diferenças nas proporções dos homens medidos pelo scanner corporal e o ‘Homem Vitruviano’ estavam dentro de 10%”, concluíram os investigadores. “A diferença na extensão do braço foi de 20% e a diferença na altura da coxa foi 29% a mais do que o ‘Homem Vitruviano'”.

Em termos práticos, isto significa que, quando colocados dentro do círculo e dos quadrados perfeitos criados por Da Vinci, os dedos das mãos e dos pés “ideais” dos dias de hoje excedem levemente esses limites.

Isto em nada invalida o desenho do génio italiano. Obviamente que, durante o século XV, cálculos científicos de médias populacionais não existiam. Além disso, na altura, as medidas corporais dos homens toscanos poderiam muito bem diferir das dos jovens norte-americanos da atualidade.

“As notas e conclusões de Leonardo da Vinci não distinguiram se as suas ideias foram derivadas de um único indivíduo ou foram agregadas”, salientam, por fim, os autores do estudo.

ZAP //

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