José Sena Goulão / Lusa
O Iniciativa Liberal (IL) não vai apoiar a eventual recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa. Para o partido, um dos nomes em cima da mesa para as Presidenciais é “fácil” e só depende da “vontade do próprio”.
“Não é o nosso candidato porque não é liberal. Apesar de a sua eleição ter tido o mérito de apaziguar alguns setores, Marcelo Rebelo de Sousa introduziu um estilo na Presidência que devia ter sido usado em doses homeopáticas no primeiro ano. Depois disso, devia ter havido maior recato”, confirmou João Cotrim de Figueiredo ao jornal online Observador.
O deputado e presidente do Iniciativa Liberal afirma que não há dúvidas quanto ao “candidato liberal a apoiar” e que, agora, só depende da “vontade do próprio”.
“Podemos facilitar a tomada de decisão, dizendo que, em determinadas circunstâncias, vamos ajudar na preparação da campanha, mas essa é uma decisão pessoal. Não vamos pressionar”, explicou.
Segundo o jornal online, um dos nomes em cima da mesa, apesar de não ter sido confirmado por Cotrim Figueiredo, é o de Adolfo Mesquita Nunes, ex-vice-presidente do CDS-PP, quando Assunção Cristas era a líder do partido.
Em meados de maio, o semanário Expresso já tinha avançado que o atual administrador não-executivo da Galp colhe apoios do PSD à Iniciativa Liberal e ganha força junto de alguns setores do próprio CDS.
O ex-presidente do IL, Carlos Guimarães Pinto, chegou a dizer ao jornal que o democrata-cristão “representa o liberalismo”, considerando, por isso, que “seria um excelente candidato”.
No entanto, nem todos os centristas concordam. Na reunião da Comissão Política Nacional (CPN) do partido, a direção desvalorizou esta eventual candidatura e houve até quem preferisse nomear outras figuras como José Ribeiro e Castro, Bagão Félix e Manuel Monteiro.
