Liga dos Chineses acusa EUA de quererem travar o desenvolvimento da China com difamações

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Doug Mills / EPA

O presidente da Liga dos Chineses e responsável pela recém-criada Câmara do Comércio Portugal-China acusou hoje o presidente dos EUA de ser responsável por uma campanha para denegrir a China com o objetivo de travar o seu crescimento.

Em entrevista à Lusa, Y Ping Chow rejeita que a China esteja a aproveitar a crise pandémica para tirar proveitos políticos e defende que esta é uma teoria que apenas serve o Estados Unidos da América.

“Na minha ótica, embora muitos jornais e muitos políticos digam que a China aproveitou [a pandemia de Covid-19] para ganhar influência, esta é uma teoria lançada pelo dirigente dos Estados Unidos. Neste momento, os EUA, principalmente o senhor presidente [Donald Trump], qualquer coisa [que digam] é contra a China porque querem travar o desenvolvimento, a participação dos chineses”, defendeu, acrescentando “é uma política deles”.

Y Ping Chow considera, no entanto, que o apoio que a comunidade chinesa e o Governo daquele país tem dado à Europa e nomeadamente a Portugal, através da doação de equipamento médicos e outro material necessário ao combate à Covid-19, prevalece sobre a teoria americana e tem contribuído para solidificar as boas relações entre Portugal e a China.

Ainda assim reconhece que, no contexto desta pandemia, houve quem tentasse associar o novo coronavírus à China, referindo-se à Covid-19 como vírus chinês, mas, salienta que foi uma minoria.

Chow não reconhece Portugal como um país xenófobo e encontra explicações para esta associação no discurso de alguns, nomeadamente no do presidente americano, Donald Trump. “A América é um país que tem muita força, que tem muito poder e há muito seguidores”, disse, criticando a atitude dos americanos do “eu, posso, quero e mando”.

A China, sublinhou, não procura uma contrapartida, mas apenas criar e fortalecer relações e amizades.

Y Ping Chow não tem dúvidas que, tal como as empresas portuguesas, os empresários chineses terão quebras entre os 30% a 50% por causa da Covid-19, mas acredita que surgirão novas oportunidades de negócio.

// Lusa

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1 Comment

  1. Sim, sim….
    Como se os chineses, coniventes com uma ditadura brutal no seu país (sendo boa parte desses emigrantes chineses amigos ou até parte activa do regime), fossem de fiar!…

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