A decisão da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) de indicar o Vizela e o Arouca para subir à II Liga vai parar aos tribunais. Cinco clubes pedem uma reunião urgente com a direção da entidade.
A Federação Portuguesa de Futebol indicou, este sábado, o Vizela (Série A) e o Arouca (B), os dois clubes que totalizavam mais pontos na altura da suspensão do Campeonato de Portugal, para ascender à II Liga.
Face a esta decisão, o Sport Club Praiense já fez saber que irá contestar nos tribunais. Em comunicado, o clube confirma ter dado orientação ao advogado “para iniciar um processo judicial que vise a anulação da decisão da FPF por violação de princípios constitucionais”.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do clube, Marco Monteiro, também confirmou esta intenção. “É óbvio que vamos recorrer. Não há nenhum regulamento da federação, nenhum, que diga uma situação dessas. Portanto, se não há nenhum, quem é que é mais primeiro do que alguém?”.
“O Praiense pode alegar que é o clube que está mais distanciado do segundo classificado”. Na opinião de Marco Monteiro, a decisão justa seria a de subirem os líderes das quatro séries do Campeonato de Portugal. “Subiam os quatro primeiros e depois, para o ano, se tivessem de descer quatro equipas ou cinco equipas, desciam”.
Cinco clubes pedem reunião com a FPF
Entretanto, o Praiense juntou-se ao Sporting Clube Olhanense, Real Sport Clube, Sport Benfica e Castelo Branco, Associação Desportiva de Fafe e Lusitânia de Lourosa Futebol Clube para contestar a decisão da FPF.
Em comunicado, as direções dizem que “foram surpreendidas com a impossibilidade de se realizar o play-off de acesso à II Liga, bem como com a informação de que, no respeitante à época 2019/2020, serão indicados para ascender à II Liga o Futebol Clube de Vizela e o Futebol Clube Arouca.”
“De imediato, as direções dos clubes suprarreferidos reuniram, atendendo a que tal situação contraria totalmente aquilo que lhes foi transmitido desde o início de abril pelo departamento de competições da FPF, que sempre lhes disse que aguardassem serenamente, pois, em articulação com o Governo e a Direção-Geral da Saúde, a breve trecho, iriam ser anunciadas as datas de início dos treinos, bem como as datas e os locais onde se iriam realizar os jogos de play off”, pode ler-se na mesma nota.
Posto isto, os clubes consideram que é “da mais elementar necessidade o agendamento de uma reunião conjunta com a direção da FPF, de modo a esclarecer toda esta situação, pois, como bem se compreenderá, a mesma, a tornar-se definitiva, causará elevados prejuízos desportivos e económicos”, concluem.
Pedro Proença convoca reunião extraordinária
Entretanto, o Presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, convocou para terça-feira uma reunião de direção extraordinária, de forma a debater as consequências do final da II Liga.
Em comunicado, a LPFP avança que a reunião terá três pontos na ordem de trabalhos. O primeiro dos quais será debater a “decisão relativa às consequências desportivas do término da competição” da II Liga na época 2019-20.
Os outros pontos prendem-se com a “definição e decisão da verba do orçamento da LPFP para apoio às equipas da LigaPro” e a “aprovação do Regulamento de Apoios cedidas pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e LPFP” às mesmas equipas.
ZAP // Lusa