Cientistas lutaram (literalmente) para estudar técnicas de combate da Idade do Bronze

As espadas de bronze feitas de cobre e estanho não são armas muito robustas, o que gera alguma incerteza sobre se foram usadas nas batalhas ou apenas para serem exibidas. Agora, um grupo de arqueólogos tentou resolver este debate lutando entre si (literalmente).

De acordo com o site Science Alert, os investigadores utilizaram sete réplicas de espadas, feitas a partir dos métodos tradicionais da Idade do Bronze, com a ajuda de especialistas.

Analisando as marcas deixadas nas armas, e comparando-as com um estudo de 110 espadas antigas dessa época encontradas na Grã-Bretanha e em Itália, a equipa foi capaz de mostrar que os padrões de desgaste realmente combinam com técnicas de combate reais, indicando que essas armas não eram apenas objetos cerimoniais.

Segundo o mesmo site, esta não é a primeira investigação que sugere esta hipótese, mas, para além disso, também lança novas luzes sobre como as marcas de combate foram deixadas nas armas.

Ao observar as diferenças entre o desgaste da espada ao longo dos séculos, os investigadores foram capazes de mapear uma evolução no estilo da luta com espadas — uma espécie de forma inicial de esgrima — na Grã-Bretanha e em Itália do final do segundo ao início do primeiro milénio A.C.

Por exemplo, uma das marcas nas espadas de réplica que correspondiam às originais foi feita por uma técnica conhecida como “versetzen” em Alemão, ou “deslocamento”. Isso só apareceu a partir de 1300 A.C., sugerindo mudanças na maneira como as pessoas entraram em combate.

No total, este estudo, publicado na revista científica Journal of Archaeological Method and Theory, catalogou mais de 2500 marcas diferentes. Porém, uma das suas limitações é o facto de os cientistas saberem muito pouco sobre como se lutava na Idade do Bronze. Para as suas experiências de batalha, os arqueólogos recriaram batalhas medievais (do século V a XV), pois essas são as técnicas mais bem descritas na literatura.

ZAP //

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