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A Grande Mancha Vermelha de Júpiter pode estar a encolher, mas a sua espessura é constante

NASA / JPL-Caltech / Space Science Institute

A Grande Mancha Vermelha de Júpiter pode até estar a encolher, mas a sua espessura manteve-se constante nas últimas décadas, revelou uma nova investigação de uma universidade francesa.

Há alguns séculos, este famoso turbilhão de Saturno era cerca de três vezes maior do que a Terra. No entanto, o seu tamanho tem vindo a diminuir nos últimos anos, estando sendo agora a dimensão da Grande Mancha semelhante ao nosso planeta.

Tal como observa o Space.com, as últimas notícias sobre a Grande Mancha Vermelha de Júpiter levaram alguns cientistas a prever o pior – a tempestade podia estar a morrer. No entanto, estudos recentes dão conta que o vórtice que alimenta o ciclone continua forte.

Agora, o novo estudo, levado a cabo por cientistas da Universidade de Aix-Marseille, em França, dá força às últimas investigações, defendendo que a espessura da Grande Mancha se manteve constante nas últimas quatro décadas, apesar do grande encolhimento que o turbilhão tem sofrido durante o mesmo período. Na prática, a área da Grande Mancha pode estar a encolher, mas a sua espessura mantém-se.

“Para a Grande Mancha Vermelha, em particular, as nossas dimensões estão bastante em linhas com os valores medidos desde a missão Voyager, em 1979″, escreveram os autores do estudo, cujos resultados foram esta semana publicados na revista Nature.

Os especialistas previram ainda que a Grande Mancha Vermelha de Júpiter tem cerca de 170 quilómetros de espessura, não tendo este valor sido alterado significativamente desde a chegadas das missões Voyagers.

“Os nossos resultados aguardam agora comparação com as próximas observações [da missão] Juno” da agência espacial norte-americana, concluíram os cientistas.

ZAP //

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