Mário Cruz / Lusa
Os moradores envolvidos nos confrontos de janeiro de 2019, no Bairro da Jamaica, pedem a reabertura do processo contra os agente da PSP. A defesa quer ver anulada a decisão do Ministério Público que acusou quatro moradores e um polícia.
Os cinco moradores do Bairro da Jamaica, no Seixal, envolvidos nos incidentes de janeiro do ano passado, contestam a acusação do Ministério Público que acusou quatro moradores e um polícia que terá aparecido no vídeo a agredir os moradores.
No entanto, os moradores dizem que o ferimento do agente terá sido provocado por bastonada de um colega. Segundo avança o Diário de Notícias esta sexta-feira, o juiz de instrução criminal do tribunal do Seixal está a analisar o requerimento de abertura de instrução.
Em outubro, o Ministério Público deduziu acusação contra uma família – mãe e três filhos – e um agente da PSP. Segundo a acusação, à data citada pela Lusa, o polícia de 34 anos foi acusado de um crime de ofensas à integridade física simples, enquanto que a mulher, de 53 anos, foi acusada de um crime de resistência e coação.
A família tinha apresentado queixa contra a equipa de intervenção envolvida nos incidentes, mas a denúncia acabaria por ser arquivada. Agora, tendo em conta estas novas suspeitas e os novos fatos que estes moradores alegam não terem sido investigados, foi pedida a reabertura do processo.
Segundo o DN, a família quer que nove agentes sejam julgados pelos crimes de ofensa à integridade física qualificada, falsificação de documento agravado, coautoria de sequestro agravado e denúncia caluniosa.
A defesa quer ainda saber o motivo pelo qual a magistrada do Ministério Público não teve em conta os fotogramas do vídeo sobre os incidentes e também o facto de o ferimento na cara de um dos polícias poder ter sido, sem querer, causado pelo bastão de outro polícia.
