A menina de sete anos desapareceu, no dia 11, quando esperava pela mãe à porta da escola, num bairro da capital mexicana. O seu corpo foi encontrado alguns dias depois, com sinais de tortura.
Fátima Anton, de sete anos, desapareceu no passado dia 11 de fevereiro, quando esperava pela mãe à porta da escola, no bairro de Tulyehualco, na Cidade do México. No fim-de-semana passado, o corpo da menina apareceu com sinais de tortura, conta a BBC.
Até agora, o que se sabe é que uma mulher se aproximou da criança, pegou na sua mão e saiu da entrada do estabelecimento de ensino com ela. O momento foi registado pelas câmaras de videovigilância.
Na quarta-feira, as autoridades mexicanas identificaram duas pessoas, Gladis Giovana Cruz Hernández e Mario Alberto Reyes Nájera, como suspeitos do crime. O casal já se encontra detido.
Segundo o Diário de Notícias, a mulher terá dito às autoridades que raptou a menina porque o marido queria uma “namorada jovem” e para impedir que cumprisse as ameaças de abusar sexualmente dos próprios filhos.
De acordo com a emissora britânica, a família da criança critica a forma como as autoridades se recusaram, inicialmente, a receber a denúncia do desaparecimento, uma vez que o protocolo diz que é necessário esperar 24 horas até iniciar as buscas.
Os familiares de Fátima consideram que esse período foi decisivo. “Se nos tivessem dado mais apoio, a minha filha ainda estaria viva”, disse Magdalena Anton.
A progenitora também contou à polícia que, há uns tempos, a suspeita alugou um quarto na sua casa para escapar à violência exercida pelo marido, o que pode explicar o porquê de a criança conhecer a mulher e ter saído da escola com ela.
“Morava aqui em casa. Não acho que fosse capaz de o fazer. Tem duas meninas e nunca a vi maltratá-las. Por isso, duvido que tenha tirado a vida da minha filha. Não conhecia o marido e não sei por que razão ela retaliaria contra a minha filha”, disse Magdalena, citada pelo DN.
A autarca da capital mexicana, Claudia Sheinbaum, já anunciou que será instaurada uma investigação interna sobre a atuação da Procuradoria. “É necessário que haja uma investigação, tornar público tudo o que aconteceu e fazer as mudanças que devem ser feitas. Fátima poderia ter sido encontrado viva”.
O diretor da escola onde a menina estudava também foi suspenso. As autoridades estão a analisar porque é que a instituição não seguiu o protocolo de entregar Fátima ao seu encarregado de educação.
O assassinato de Fátima ocorre numa altura em que o México já se insurge contra o recente homicídio de Ingrid Escamilla, jovem de 25 anos brutalmente assassinada pelo namorado, que levou a protestos contra os feminicídios um pouco por todo o país.
Em reação a estes crimes, o Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, culpou o “neoliberalismo”. “Os homicídios viram estatísticas, mas o grau de decomposição social produzido pelo modelo neoliberal não é mensurado”.
Estas declarações causaram ainda mais revolta ao povo mexicano. “Fátima não foi morta pelo neoliberalismo“, responderam muitos mexicanos no Twitter, citados pelo El País.
Ele há seres “humanos” que de facto penso que merecem um pouco mais do que a prisão perpétua!
Como ninguem pode ser condenado sem ser julgado primeiro, julgo que o fuzilamento provisório seria a melhor forma de se atuar até à data do julgamento.
Mas que interpretação tão ridícula! Se a criança está morta há que saber quem a matou e condenar apenas pelo acto praticado, ou será que o senhor panhonhas acredita que a criança se suicidou ou foi vítima de algum extraterrestre a que ninguém poderá deitar mão?
Ridícula é a sua interpretação ao meu comentário. Que passo a resumir: morte ao monstro pedofilo e assassino.