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Coimas a banqueiros arrastam-se em tribunal. Maioria acaba prescrita

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José Sena Goulão / Lusa

Dez gestores bancários acumulam multas de 16,8 milhões de euros, um montante que iguala todas as coimas decididas pela CMVM a bancos em 15 anos.

Dez antigos gestores bancários acumulam coimas de quase 17 milhões de euros lançadas por supervisores como o Banco de Portugal ou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Nos últimos seis anos, o Banco de Portugal (BdP) lançou coimas de mais de 49 milhões e a CMVM quase 17 milhões, mas estas coimas tendem a arrastar-se em tribunal e, segundo o Jornal de Notícias, acabam muitas vezes por prescrever.

O matutino refere o caso de José Oliveira e Costa, antigo líder do BPN. O ex-banqueiro cumpre uma pena de prisão de 15 anos e teve multas da CMVM e do Banco de Portugal no valor total de 1,4 milhões de euros. No entanto, quase nada foi pago até agora, tendo a sua pensão de 2.295 euros sido congelada.

Também Ricardo Salgado já foi alvo de multas de 5,8 milhões de euros, e está na calha mais uma multa da CMVM que pode ascender a mais cinco milhões. Neste processo, foram feitas as alegações finais no caso que decorre no Tribunal da Concorrência, em Santarém, e que diz respeito à maior parte das multas aplicadas a Salgado e ao seu antigo administrador-financeiro, Amílcar Morais Pires.

António Tomás Correia, ex-líder do Montepio, foi multado pelo Banco de Portugal em 1,25 milhões, mas é alvo de mais uma multa no valor de 150 mil euros relativa a um novo processo em que foi condenado por ausência de medidas de prevenção de controlo de capitais.

ZAP //

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