Trump reitera ameaça “iminente” de Soleimani. Mas “isso não importa verdadeiramente”

Jim Lo Scalzo / EPA

O Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump

O Presidente norte-americano, Donald Trump, defendeu na segunda-feira a sua decisão de ordenar a morte do general iraniano Qassem Soleimani, argumentando que este era uma ameaça iminente para os Estados Unidos (EUA). Afirmou, ainda, que isso não é importante tendo em conta o historial do líder militar.

“A comunicação social ‘fake news’ e os seus parceiros democratas estão a esforçar-se por determinar se o futuro ataque do terrorista Soleimani estava ou não ‘iminente’ e se a minha equipa estava de acordo [comigo]. A resposta a ambas [as perguntas] é um forte SIM, mas isso não importa verdadeiramente por causa do seu passado horrível!”, escreveu Trump no Twitter, noticiou o Expresso.

O Presidente norte-americano já tinha partilhado publicações de outros utilizadores contra a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, como uma fotomontagem em que esta surge com um ‘hijab’ (véu islâmico) ao lado do líder democrata no Senado, Chuck Schumer, com um turbante, e com uma bandeira iraniana ao fundo.

Desde a confirmação da morte de Soleimani, Trump tem alegado que a operação contra o general iraniano surgiu devido a um risco iminente de ataques contra diplomatas americanos no Iraque e em toda a região, não tendo divulgado, contudo, provas que sustentassem as suas explicações. Democratas e republicanos questionaram a ação.

Na semana passada, Trump afirmou que o Irão se preparava para visar quatro embaixadas americanas antes do ataque fatal contra o general iraniano. No domingo, o Secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, admitiu não ter visto provas específicas de que o país estava a planear ataques a embaixadas.

De acordo com a NBC News, Trump autorizara a morte de Soleimani em junho. Uma das condições é que seria o próprio a dar o aval final e que essa opção só seria usada se um norte-americano fosse morto pelas autoridades iranianas. A informação foi avançada com base nas declarações de cinco atuais e antigos funcionários da Administração.

A Câmara dos Representantes, controlada pelos democratas, aprovou na quinta-feira uma resolução não vinculativa que visa limitar a capacidade do Presidente de atacar o Irão no futuro sem aprovação do Congresso.

ZAP //

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