Cientistas na Holanda conseguiram um considerável avanço na área do teletransporte quântico, capaz de anular a opinião de Albert Einstein, que considerava o fenómeno um “efeito fantasmagórico à distância”.
Esta semana, físicos da Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, afirmaram ter conseguido tele-transportar informação quântica entre dois pedaços de diamantes, localizados a três metros de distância.
Pela primeira vez, investigadores foram capazes de alcançar este objectivo, uma e outra vez, com uma taxa de sucesso de 100%.
Estes resultados, publicados esta quinta-feira na Science, têm enormes implicações para o mundo da Física, incluindo a contestação das dúvidas de Albert Einstein sobre a veracidade da mecânica quântica.
«Se acreditarmos que não somos mais que uma colecção de átomos presos de uma determinada forma, então, em princípio, será possível teletransportarmo-nos de um lugar para o outro», afirmou o líder da investigação, Ronald Hanson, ao Telegraph.
«Na prática, é ainda extremamente improvável, mas dizer que nunca será possível é muito perigoso… eu não o descartaria, até porque não há qualquer lei fundamental da física que o consiga evitar», advertiu.
Hanson acrescentou que o teletransporte de pessoas, a acontecer, será num futuro ainda distante.
Porém, uma experiência mais ambiciosa, que envolverá o teletransporte de dados entre edifícios da Universidade, a uma distância de 1300 metros, está planeada para Julho.
É esperado que o resultado responda à grande objecção de Einstein ao teletransporte e à possibilidade de um sinal passar entre partículas à velocidade da luz.
«Acredito que vai funcionar», disse Hanson, concluindo: «Mas é um enorme desafio técnico. Há um motivo para ninguém o ter ainda experimentado».
CG, ZAP