Empresário chinês acusado da morte de homem em incêndio de prédio no Porto. Vendeu-o por 1 milhão de euros quando estava preso

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Um empresário chinês de 24 anos foi acusado pelo Ministério Público da autoria moral do incêndio que destruiu um prédio na Rua Alexandre Braga, no Porto, e que provocou a morte de um homem de 55 anos. Actuou por pura “ganância” e conseguiu vender o imóvel por 1,2 milhões de euros quando já estava preso.

Os dados constam da acusação contra o empresário e contra a sua mulher e três portugueses que estão implicados no crime, conforme avança o Jornal de Notícias (JN). Os cinco arguidos enfrentam acusações por crimes de homicídio consumado, tentativas de homicídio, extorsão, incêndio e branqueamento de capitais.

O fogo provocou a morte de um homem de 55 anos e deixou uma mulher de 88 anos e os seus dois filhos, que sobreviveram ao incêndio, desalojados.

Chenglong Li adquiriu o imóvel em 2016, após ter pago 645 mil euros por ele. Depois disso, terá utilizado diversos estratagemas criminosos com o intuito de forçar a saída dos inquilinos do edifício, segundo a acusação do MP.

Os únicos ocupantes do prédio eram a família de Maria Mendes Oliveira, de 88 anos, que pagava uma renda de 53,28 euros e que ali morava há mais de 50 anos. Todas as tentativas de negociação com os inquilinos falharam, com a família a recusar as ofertas do empresário que terão chegado aos 40 mil euros, segundo cita o JN.

Depois disso, o empresário de 24 anos terá recorrido a três indivíduos portugueses com o intuito de intimidar os inquilinos. Seguiu-se o incêndio que terá sido ordenado por Chenglong Li, conforme acusa o MP.

O empresário está em prisão preventiva desde Junho de 2019, mas ainda assim conseguiu vender o imóvel enquanto estava detido, graças a uma procuração que passou à mulher.

O imóvel foi adquirido por uma empresa portuguesa por 1,2 milhões de euros, garantindo ao empresário um lucro de 555 mil euros.

Chenglong Li ainda tentou enviar 600 mil euros para a China, mas a transferência foi travada por suspeitas de branqueamento de capitais que foram denunciadas às autoridades pelo Millennium BCP. O valor acabou por ser apreendido.

ZAP //

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