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Portuguesa com dois filhos sem-abrigo em Paris rejeitou apoio social do Governo

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A Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas disse, esta segunda-feira, que a mãe com duas crianças que vive na rua, em Paris, foi contactada pelo consulado geral na capital francesa, que acompanha a situação, mas rejeitou o apoio social disponibilizado.

O jornal francês Le Parisien publicou uma reportagem sobre a vida de uma mulher portuguesa, de 37 anos, que vive sem abrigo com os dois filhos menores, de 13 e 8 anos, na Île-de-France, Paris.

O jornal mostra que as duas crianças frequentam a escola, em Athis-Mons, onde são os primeiros a chegar e os últimos a sair, quando o estabelecimento de ensino encerra as portas. Depois da escola, as crianças fazem os trabalhos de casa e estudam numa estação da RER, a rede de comboios regionais da Île-de-France, com o banco a servir de secretária.

Segundo explica a mãe dos rapazes, Amália não consegue arranjar um emprego estável que lhe permita pagar a renda de uma casa. A família foi parar à rua por falta de vagas nas pensões sociais de apoio aos sem-abrigo, na habitação social e por falta de emprego estável da mãe das duas crianças.

O Estado Português tem acompanhado a situação desta família portuguesa desde o início de dezembro, através do consulado geral de Portugal em Paris, que “está em contacto com as autoridades francesas competentes”, referiu a secretaria de Estado.

“Foi também possível estabelecer contacto com a cidadã nacional em causa, a quem foi disponibilizado apoio social, tendo esse apoio sido rejeitado“, acrescentou a entidade governamental.

Em resposta por escrito a questões colocadas pela agência Lusa a secretaria de Estado assegura, porém, que “a situação desta família continuará a ser acompanhada com a máxima atenção, tendo em conta que estão envolvidos dois cidadãos menores”.

De acordo com dados da secretaria de Estado, em 2018, foram reportados 31 casos de “carência social” ao consulado geral de Paris, adiantando que estes casos de necessidade social são encaminhados para as autoridades francesas competentes, mas “contam também com o apoio da parte de associações sociais da comunidade portuguesa em França”.

ZAP // Lusa

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