Jorge Jesus recebeu uma variedade de perguntas sobre o Liverpool, às quais rejeitou responder e relembrou que primeiro o Flamengo tem que passar pelo sauditas do Al Hilal, que já treinou.
O treinador do Flamengo, o português Jorge Jesus, colocou esta segunda-feira o Mundial de clubes de futebol “ao nível da Libertadores e da ‘Champions’” e voltou a relativizar uma possível final entre o campeão brasileiro e o Liverpool.
“No Brasil, falou-se muito no Liverpool e esquecem-se que ainda temos de jogar um jogo antes, com o Al-Hilal. É uma equipa saudita, que não é muito conhecida mundialmente, e, por isso, há sempre tendência para se desvalorizar”, observou Jesus, em conferência de imprensa, em Doha, no Qatar.
O técnico do Flamengo, que fazia a antevisão da meia-final do Mundial de clubes, diante do Al-Hilal, marcada para terça-feira, foi questionado novamente sobre o campeão europeu, Liverpool, e uma eventual final com os ingleses e, mais uma vez, foi perentório na resposta: “Não me interessa falar do Liverpool, porque eu vou jogar é com o Al Hilal”.
A partida com os sauditas vai proporcionar a Jorge Jesus um reencontro com a anterior equipa, a qual orientou entre junho de 2018 e janeiro de 2019, e que conta com vários jogadores que estiveram sob o comando do treinador luso.
“É uma equipa que conheço bem. Só um jogador é que não é do meu tempo, o central. Todos os outros trabalharam comigo”, referiu, admitindo “sentimento e carinho pelos jogadores” com os quais trabalhou durante sete meses.
Além de assegurar que o Flamengo vai “tentar proporcionar um bom espetáculo e ganhar” na meia-final, Jorge Jesus destacou a importância do Mundial de clubes, considerando tratar-se de uma “competição que vai ganhar ainda mais prestígio” a partir de 2021.
“Este Campeonato do Mundo de clubes vai ter cada vez mais importância para os clubes, porque vai ser cada vez mais difícil de ganhar. A partir de 2021, a competição vai ter 24 clubes. Vai ser muito difícil ser campeão e as equipas já olham de forma diferente. É título importante, ao nível da Libertadores e da Champions”, disse.
Já o lateral direito Rafinha alinhou pelo diapasão do treinador, lembrando que o Flamengo vai defrontar o Al-Hilal e não o Liverpool, que terá pela frente os mexicanos do Monterrey na outra meia-final da prova.
“Todos querem uma final Flamengo-Liverpool, mas temos de ser realistas. O nosso adversário é o Al-Hilal. Não podemos cometer esse erro. Se nos qualificarmos para a final, então, sim, pensaremos no adversário que se apurar”, afirmou, manifestando o desejo de conquistar a prova e, assim, “coroar a maravilhosa temporada” da equipa carioca “com este título”.
Por outro lado, o internacional brasileiro, de 34 anos, que venceu o Mundial de clubes em 2013, ao serviço do Bayern de Munique, disse que Jorge Jesus “trouxe muitas coisas boas ao futebol brasileiro e conseguiu implementar o sistema europeu no futebol brasileiro”.
“Conseguimos muitas coisas juntos, mas ele ainda tem muitas coisas para nos ensinar. Trabalhei com grandes treinadores na Europa e fico feliz por continuar a trabalhar com outro grande treinador”, concluiu.
O Flamengo defronta o Al-Hilal na terça-feira, em Doha, na primeira meia-final do Mundial de clubes, agendada para as 17:30 (hora de Lisboa). A outra meia-final colocará frente-a-frente os ingleses do Liverpool e os mexicanos do Monterrey, na quarta-feira.
// Lusa