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Já se sabe como é que planetas florescem a partir de pequenos pedaços de poeira

Uma equipa de investigadores validou uma teoria que pode explicar como é que os planetas crescem a partir de pequenos pedaços de poeira interestelar.

O crescimento de um pequeno pedaço de poeira até um planeta inteiro é um processo que há muito intriga a comunidade científica. Um novo estudo oferece uma nova teoria que pode explicar como é que isto é possível e envolve algo bastante comum e imprescindível nas nossas vidas: a eletricidade.

Mais precisamente, um dos principais responsáveis pela formação dos planetas poderá ser a eletricidade estática. Antes de se tornar numa estrutura megalómana visível a milhões de quilómetros de distância, as primeiras sementes de um planeta são feitas a partir de minúsculos grãos de poeira, que chocam uns contra os outros quando orbitam uma estrela.

O New Scientist explica que, à medida que cada vez mais pedaços de poeira se vão juntando, aquele aglomerado vai ganhando consistência e ficando mais compacto. Chega a um ponto em que os aglomerados começam a ressaltar uns nos outros, como se fossem bolas de bilhar.

Para se tornarem maiores, os cientistas acreditavam que, com a fricção das partículas quando embatem, era criada eletricidade estática, que encorajava-as a manterem-se juntas.

Para testar este princípio, Tobias Steinpilz e a sua equipa dirigiram-se até à torre de microgravidade da ZARM Fab, Laboratório Externo da ESA, em Bremen, na Alemanha. Esta estreita torre com 120 metros de profundidade em vácuo permite testar o comportamento de objetos tal como se estivessem na microgravidade do espaço. O estudo foi publicado esta segunda-feira na revista científica Nature Physics.

Para efeitos experimentais, usaram pequenos bocados de 0,4 milímetros de vidro, atirados do topo da torre. Os investigadores notaram então que os bocados de vidros ganharam carga elétrica devido à eletricidade estática e uniram-se em pequenos pedaços com alguns centímetros de diâmetro.

No mesmo sentido, os astrofísicos acreditam que é isto que pode acontecer no espaço, fazendo parte de um longo processo para a criação e desenvolvimento de um planeta.

ZAP //

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