Apple receia que ex-funcionários acusados de roubar segredos fujam para a China

A Apple teme que dois ex-colaboradores, alegadamente responsáveis por roubar segredos relacionados com o Project Titan, possam fugir para a China.

A Apple receia que dois ex-funcionários nascidos na China, e acusados de roubar segredos comerciais da empresa, tentem fugir para o país asiático antes dos julgamentos.

Numa audiência pré-julgamento no Tribunal Distrital do Norte da Califórnia, nos Estados Unidos, os procuradores argumentaram que Xiaolang Zhang e Jizhong Chen deveriam continuar a ser monitorizados por GPS e rádio frequência uma vez que ambos apresentam um grande perigo de fuga.

De acordo com o Diário de Notícias, os procuradores alegaram que Zhang trabalhou no programa secreto de carros autónomos da Apple e apoderou-se dos arquivos relacionados com o projeto antes de revelar que iria trabalhar para um concorrente chinês. No ano passado, Zhang foi detido por agentes federais, no aeroporto de San Jose, quando o homem estava prestes a embarcar num voo para a China.

Em relação a Chen, alegam que o ex-funcionário retirou da Apple mais de 2000 arquivos, contendo “manuais, esquemas, diagramas e fotografias de telas de computadores exibindo páginas dos bancos de dados seguros da Apple” com a intenção de compartilhá-los. Agentes federais detiveram-no em janeiro, numa estação de comboios a caminho do Aeroporto Internacional de São Francisco para efetuar uma viagem à China.

Ambos foram acusados de roubo de segredos comerciais, mas declararam-se inocentes. Logos após as detenções foram libertados sob fiança e encontram-se sob vigilância desde então.

Na segunda-feira, o advogado dos dois ex-funcionários, Daniel Olmos, disse que ambos tinham motivos familiares para visitar a China e, até agora, não mostraram sinais de quererem violar as medidas de coação impostas até ao julgamento. Por esse motivo, alegou não ser necessário manter a vigilância.

Por sua vez, a Apple nota que, além do risco das informações confidenciais poderem ser vendidas a rivais, será difícil assegurar a extradição dos dois ex-colaboradores caso rumem à China.

ZAP //

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