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O clima de (quase) lua-de-mel acabou. Trump chama Kim Jong-un de “rocket man”

KCNA / EPA

A troca de palavras amargas entre Donald Trump e Kim Jong-un pôs um ponto final nos meses de acalmia que ambos os líderes saboreavam.

Durante a cimeira da NATO, em Londres, Donald Trump voltou a referir-se a Kim Jong-un como rocket man – um epíteto que Trump tinha abandonado desde o relançamento do processo diplomático entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, escreve o Público.

Caso seja necessário, declarou o Presidente norte-americano, Washington reserva o direito de usar força militar contra Pyongyang: “Temos as Forças Armadas mais poderosas que alguma vez já tivemos e somos, de longe, o país mais poderoso do mundo, e espero que não tenhamos de as usar, mas se for necessário, usaremos.”

A Coreia do Norte não gostou das palavras proferidas pelo norte-americano e respondeu à letra: “Se qualquer linguagem ou expressões que encorajem a atmosfera de confronto voltem a ser usadas propositadamente num momento crucial como este, então isso deve realmente ser diagnosticado como uma recaída de senilidade por parte de um senil“, disse a primeira vice-ministra dos Negócios Estrangeiros norte-coreana.

Choe Son-hui referiu também, na quinta-feira, que as palavras de Trump “desencadearam ondas de ódio contra os EUA”. Aliás, um dia antes, o chefe do Exército norte-coreano, Pak Jong-chon, já tinha avisado que o uso de força contra o país iria ter consequências “horríveis” para os Estados Unidos.

Ainda que o clima entre ambas as potências tenha arrefecido, os analistas apontam que a situação ainda não voltou ao ponto mais baixo – que antecedeu as cimeiras EUA-Coreia.

“As declarações mais recentes parecem conter avisos para os EUA não ameaçarem a segurança do regime e a dignidade do seu líder, mas não têm palavras duras dirigidas diretamente a Trump”, disse o analista da Universidade de Estudos Norte Coreanos, em Seul, Yang Moo-jin, citado pela agência estatal sul-coreana Yonhap.

Há uma mensagem de aviso, mas que parece moderada para demonstrar uma vontade para aguardar até ao fim ano baseada na confiança mútua entre os líderes dos dois países”, acrescentou.

ZAP //

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