/

As tartarugas-gigantes podem aprender coisas (e lembrar-se durante anos)

1

Um novo estudo sugere que as tartarugas-gigantes podem ser treinadas e lembrar-se daquilo que aprenderam durante vários anos.

De acordo com o IFLScience, uma nova pesquisa mostra como as tartarugas-gigantes podem aprender novas tarefas e até executá-las quase uma década depois de serem treinadas.

Há quase dez anos, cientistas do Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa, no Japão, começaram a testar o poder cerebral das tartarugas gigantes de Galápagos e das Seychelles, alojadas no Jardim Zoológico de Schönbrunn, em Viena, na Áustria.

Usando um treino de reforço positivo, as tartarugas foram treinadas para associar uma recompensa (comida) a uma bola colorida específica num pau. Quando viam duas bolas coloridas diferentes, estes animais foram capazes de selecionar a bola associada à comida, mordê-la e receber a recompensa.

Então, a equipa avaliou se as tartarugas se lembravam deste treino 95 dias depois. Resultado: todos os animais se aproximaram e responderam aos paus, tal como haviam sido treinados há meses, embora não se conseguissem lembrar imediatamente da cor específica da bola. Nove anos depois, o mesmo grupo de tartarugas foi testado e ainda se lembrava do treino.

Segundo o mesmo site, pensa-se que existam cerca de 15 espécies conhecidas de tartarugas-gigantes. No caso das de Galápagos, podem atingir até 227 quilos e viver facilmente até aos 100 anos idade.

As das Seychelles, por sua vez, também podem viver durante muito tempo. Pensa-se que o espécime vivo mais antigo conhecido, de nome Jonathan, tenha cerca de 187 anos, o que também o torna o animal mais antigo do mundo.

“Esperamos que este trabalho desafie as suposições sobre a inteligência dos répteis. O trabalho sobre cognição em répteis é geralmente limitado pela disponibilidade. Quantas mais espécies testamos, mais clara se torna a ideia de que muitos répteis têm capacidade cognitiva semelhante aos mamíferos”, afirma Michael Kuba, autor principal do estudo publicado na revista científica Animal Cognition.

ZAP //

1 Comment

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.