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Candidatos à liderança do PSD têm a mesma estratégia para abanar o PS

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Carlos Barroso / Lusa

O líder do PSD, Rui Rio

Os três candidatos já oficializados à liderança do PSD querem aproveitar as autárquicas de 2021 para fragilizar o PS e o primeiro-ministro, apesar de reconhecerem que esta é uma aposta de alto risco.

Tanto o atual líder do PSD, Rui Rio, como o antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz, pretendem aproveitar as próximas eleições autárquicas, caso sejam eleitos, para fragilizar o PS, escreve o Expresso.

Contudo, apurou o semanário, os três candidatos reconhecem que esta é uma tarefa complicada: não é certo que os PSD consiga crescer o suficiente em número de câmaras reclamar vitória, abanar o PS e ganhar força para as próximas eleições legislativas.

Nos 25 concelhos mais populosos do país, os sociais democratas controlam sete, sendo pouco provável que venham a conquista mais, recorda o Expresso.

Ainda assim, os três candidatos quem em janeiro vão disputar a liderança do PSD traçam as autárquicas como momento chave, no qual até se pode vir a definir o futuro do partido.

Apesar do objetivo comum, os candidatos partem com objetivos e promessas diferentes.

Rui Rio prometeu “conquistar muito mais câmaras“. Este fim de semana, discursando no fórum autárquico distrital do Porto do PSD, reconheceu mesmo que um mau resultado em 2021 “seria dramático” para os sociais-democratas.

“Se queremos continuar a ser um grande partido, temos de ter mais presidentes de junta e presidentes de câmara (…) As próximas autárquicas são decisivas para o futuro do PSD (…) Agora [nos próximos anos de 2020 e 2021] as estruturas locais têm de se dedicar a sério às autárquicas”, afirmou o atual líder.

Luís Montenegro vai mais longe do que Rio, prometendo não só ganhar as eleições, como conquistar a Câmara de Lisboa. Por sua vez, Pinto Luz fará das autárquicas bandeira, tendo em vista a renovação de quadros autárquicos.

Segundo escreve o Expresso, Rui Rio e Luís Montenegro já definiram os principais alvos onde apostar: o líder do PSD vai concentrar forças no centro e norte do país, enquanto o antigo líder parlamentar de Passos Coelho aposta tudo em Lisboa.

Não seria a primeira vez que o PSD venceria este tipo de adversidades. Não se pode é conformar”, adiantou ao semanário fonte próxima de Montenegro.

Fontes próximas de Rio, também ouvidas pelo jornal, consideram “possível” recuperar as duas maiores cidades do país, mas a meta intermédia passa por duplicar os resultados obtidos em 2017 (11% em Lisboa e 10% no Porto).

ZAP //

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