A Suécia tem visto um aumento sem precedentes de ataques com explosivos. Em outubro, Estocolmo foi alvo de três ataques em apenas uma noite.
Se pensarmos num país com guerras de gangues constantes, o último nome que nos vem à cabeça é Suécia. No entanto, o país escandinavo tem sido associado a este tipo de guerras, quase sem dar por isso.
Além dos quase cinquenta homicídios a tiro registados no ano passado, está em curso um fenómeno que, há alguns anos, ninguém esperaria: a detonação de engenhos explosivos em várias das maiores cidades do país.
De acordo com os dados divulgados pela BBC, nos primeiros nove meses deste ano, houve 97 explosões na Suécia. No ano passado, registaram-se 162. Este tipo de explosões ocorrem, na sua maioria, em zonas relativamente pobres, apesar de, por vezes, também atingirem outros bairros.
Segundo o matutino, muitas delas utilizam granadas de mão e outros engenhos de tipo militar, provenientes das guerras na antiga Jugoslávia.
O objetivo destes ataques parece ser intimidar membros de gangues rivais e e pessoas, incluindo familiares dos criminosos. A chefe da inteligência sueca, Linda H. Straaf, exlicou que as explosões cresceram no país “e são de grupos socio-económicos desfavorecidos, de áreas desfavorecidas. Muitos são talvez imigrantes de segunda ou terceira geração“.
A Suécia é dos países europeus com uma tradição mais liberal em matéria de imigração, destaca por sua vez o Expresso. Contudo, as atividades destes gangues têm motivado uma resistência nacional que cresceu depois da crise migratória de 2015, quando a Suécia acolheu um grande número de reugiados.
Um crítico de direita afirmou à BBC que muitos dos refugiados ficam segregados nas suas próprias comunidades, envolvem-se no crime e que a situação tem tendência para piorar. No entanto, as autoridades suecas notam que isso não acontece com a grande maioria dos refugiados.