O Ministério Público (MP) revelou esta segunda-feira que já constituiu nove arguidos, um deles uma pessoa coletiva, no âmbito do inquérito ao acidente ocorrido há quase um ano em pedreiras em Borba, que provocou cinco mortos.
“Até ao momento e para além dos exames médico-legais relativamente às cinco vítimas mortais, foram ouvidas 21 testemunhas, constituídos nove arguidos, sendo um deles uma pessoa coletiva, foram concluídos exames periciais e analisada inúmera documentação”, diz um comunicado publicado site do Departamento de Investigação e Ação Penal de Évora.
Segundo o mesmo comunicado, para a conclusão e consequente encerramento do inquérito instaurado ao acidente ocorrido em Borba, distrito de Évora, no dia 19 de novembro do ano passado, decorrem ainda diligências.
Estas diligências são “tendentes à obtenção de elementos de prova documental que se reputam como essenciais à descoberta da verdade e à qualificação jurídico-criminal dos factos e ainda elementos de prova pessoal”, frisou o Ministério Público.
Sabe o jornal Observador que algumas destas 21 testemunhas em causa foram chamadas a prestar declarações em agosto último.
Nessas diligências, pode ler-se, o MP continua a ser coadjuvado pela Polícia Judiciária.
Na tarde de 19 de novembro de 2018, um troço de cerca de 100 metros da estrada municipal 255, entre Borba e Vila Viçosa, no distrito de Évora, colapsou devido ao deslizamento de um grande volume de rochas, blocos de mármore e terra para o interior de duas pedreiras.
O acidente causou a morte de dois operários de uma empresa de extração de mármore na pedreira ativa e de outros três homens, ocupantes de duas viaturas que seguiam no troço que ruiu e que caíram para o plano de água da pedreira que não tinha atividade.
ZAP // Lusa