A empresa responsável pelo sistema multimunicipal de valorização e tratamento de resíduos sólidos no Algarve, a ALGAR, vai testar a recolha porta-a-porta no final do verão, ao mesmo tempo que deverá reforçar a recolha através de ecopontos.
A empresa está a avaliar qual o concelho onde vai arrancar este projeto-piloto, através do qual se pretende perceber “qual o impacto de uma recolha efetuada diretamente ao domicílio e quais os resultados, não só em termos de quantidade, como em qualidade dos resíduos” recolhidos.
“Verifica-se que existe muito material reciclável que não é objeto de separação pela população”, observou a ALGAR em comunicado, acrescentando que perto de 30% de recicláveis ainda são depositados em conjunto com os resíduos indiferenciados em aterro, o que representa um custo nas faturas de água emitidas pelas autarquias.
A ALGAR informou que está a desenvolver um sistema de recolha por dia de semana definido para cada fileira de material reciclável a recolher, admitindo a possibilidade de os munícipes requisitarem recolha em situações de “grande acumulação de recicláveis”.
A empresa sublinhou que será fundamental a colaboração das autarquias para o projeto-piloto, prevendo iniciar os trabalhos no final do verão com a explicação do projeto aos moradores da zona-piloto e com uma campanha de sensibilização.
Quando o sistema de recolha porta-a-porta estiver a funcionar, a empresa irá monitorizar o processo e visitar os moradores para esclarecimentos e contacto personalizado.
Se o projeto for bem-sucedido, a empresa poderá avançar para a sua implementação no resto da região.
A ALGAR está a tentar encontrar soluções para aumentar a quantidade e qualidade dos resíduos recicláveis recolhidos na região, tendo anunciado esta semana que vai reforçar meios físicos e humanos durante a época alta turística.
Tendo em conta as medidas definidas pelo Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos (PERSU) 2020, elaboradas de acordo com as características de cada região, a ALGAR estabeleceu como meta aumentar a quantidade de recicláveis recolhidos para aproximadamente 800 toneladas por ano.
/Lusa