Hermínio Loureiro, ex-presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, está entre as dezenas de atuais e antigos autarcas que foram constituídos arguidos no âmbito da Operação Éter.
Este processo levou à prisão preventiva do antigo presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Melchior Moreira, por suspeitas de crimes de participação económica em negócio, falsificação e corrupção.
Em causa estão, de acordo com o Público, que avança a notícia esta quarta-feira, adjudicações diretas que 60 autarquias fizeram na instalação de Lojas de Turismo Interativas, financiadas pelo TPNP, e que foram atribuídas a empresas indicadas por Melchior Moreira. O Jornal de Notícias já tinha avançado na terça-feira que há dezenas de antigos e atuais autarcas arguidos neste caso
Em causa estão crimes de corrupção, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influências, recebimento indevido de vantagem e participação económica em negócio em procedimentos de contratação pública no Norte.
O presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, confirma ter sido constituído arguido, mas rejeita qualquer responsabilidade no lançamento de qualquer procedimento relacionado com a loja interativa de Caminha.
Já o presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, não quer falar do assunto: “Praticamente nem sei do que estou a ser acusado”.
A Operação Éter veio a público em outubro de 2018. Na época, além do presidente do TPNP, também Isabel Castro, diretora operacional da mesma organização, Gabriela Escobar, jurista daquela entidade, Manuela Couto, empresária de comunicação, e José Agostinho, da sociedade Tomi World, foram detidos.
A investigação procurou saber qual o envolvimento dos autarcas a quem o TPNP propôs a instalação de lojas de turismo.