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Em dia de reflexão, professores saem à rua para manifestação sem discursos

Os sindicatos esperam milhares de professores a descer a Avenida da Liberdade até ao Rossio (em Lisboa) numa manifestação sem discursos e que pretende ser uma celebração do dia Mundial do Professor.

A data coincide com o dia de reflexão para as eleições legislativas que decorrem no domingo, 6 de outubro, e leva a organização do desfile a estar mais atenta a cartazes e palavras de ordem que possam ser ditos e exibidos durante o percurso, mas não mais do que isso, até porque, como frisaram os dirigentes sindicais, as manifestações de professores não são habitualmente palco de campanha eleitoral ou apelo direto ao voto em candidatos.

A concentração está marcada para as 14h30, no Marquês de Pombal, de onde os professores seguem até ao Rossio, descendo a Avenida da Liberdade e passando pelos Restauradores.

No final não haverá discursos, apenas breves saudações aos professores dirigidas, nomeadamente, pelos dois secretários-gerais das duas federações de professores, Mário Nogueira, da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e João Dias da Silva, da Federação Nacional de Educação (FNE).

Sob o lema do rejuvenescimento e valorização da profissão docente, os sindicatos aproveitam o momento para marcar algumas das suas principais reivindicações que farão parte do caderno reivindicativo a apresentar ao próximo Governo, como um regime especial de aposentação, a revisão dos horários de trabalho, o combate à precariedade ou a recuperação integral do tempo de serviço congelado, um tema que as estruturas sindicais não dão por encerrado, apesar da votação de maio no parlamento, que negou a recuperação dos nove anos, quatro meses e dois dias exigidos pelos professores.

Nos primeiros seis meses do ano já se reformaram mais professores do que durante o ano anterior. No primeiro semestre, 747 docentes reformaram-se, enquanto em 2018 foram ‘apenas’ 670, avança hoje o JN na sua edição em papel.

A manifestação é convocada não só pelas duas federações de professores, mas também por outros oito sindicatos mais pequenos.

ZAP // Lusa

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