O furacão Humberto aumentou de intensidade nas últimas horas e atingiu a categoria 3 a caminho das Bermudas, informou o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) nesta quarta-feira.
O terceiro furacão da temporada no Atlântico, depois dos furacões Barry e Dorian, encontra-se já com ventos máximos sustentados de 185 quilómetros por hora, o que o eleva à categoria 3 na escala de Saffir-Simpson, com cinco categorias, indicou o NHC.
De acordo com as previsões, o furacão vai passar, durante a noite, cerca de 655 quilómetros a noroeste das Bermudas. Está a deslocar-se a uma velocidade de 19 quilómetros por hora.
As autoridades do território britânico emitiram um alerta para as próximas 36 horas. Nesta quarta-feira as escolas vão ficar fechadas e os transportes públicos parados.
Além de ventos intensos que vão provocar agitação marítima, prevê-se que o furacão provoque fortes chuvas que dêem origem a cheias.
No início de setembro, pelo menos 52 pessoas morreram quando o furacão Dorian atingiu as Bahamas, com ventos de 298 quilómetros/hora. Cerca de 1300 pessoas continuam desaparecidas. Cerca de 4500 pessoas foram deslocadas das suas casas nas ilhas Ábaco e Grande Bahama, as mais devastadas após a passagem do furacão Dorian.
O Dorian, que no último fim de semana deixou mais de 200 mil pessoas sem luz na costa atlântica do Canadá, devastou primeiro o arquipélago das Bahamas, sobre o qual permaneceu por muito tempo, quase imóvel, com chuvas torrenciais. Segundo o primeiro-ministro do arquipélago, Hubert Minnis, 60% de Marsh Harbour, a principal cidade das Ábaco, ficou destruída.
Os ventos fortes e as águas castanhas e lamacentas destruíram ou danificaram gravemente milhares de casas, incapacitando a atividade de hospitais e deixando muitas pessoas presas em sótãos.
Nos Estados Unidos, o furacão atingiu os estados da Carolina do Norte e do Sul com ventos violentos, tornados e chuvas laterais, tendo sido anunciadas pelo menos quatro mortes. As vítimas foram homens que caíram ou foram eletrocutados quando aparavam árvores ou preparavam as habitações para enfrentarem o furacão.
As Nações Unidas calculam que 70 mil pessoas nas Bahamas necessitam de ajuda humanitária urgente.
ZAP // Lusa