/

Uma cadeira vazia na reunião climática do G7: a de Trump

1

Ludovic Marin / EPA

Donald Trump faltou ao encontro dos líderes do G7 sobre as alterações climáticas, mas disse “saber mais de ambiente do que maioria das pessoas”.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não marcou presença na reunião sobre as alterações climáticas do G7, deixando a sua cadeira vazia enquanto os restantes líderes mundiais discutiam forma de ajudar a Amazónia devastada pelos fogos e de reduzir as emissões de dióxido de carbono.

O Presidente norte-americano ia participar na sessão desta segunda-feia sobre o clima, biodiversidade e oceanos, mas acabou por não o fazer. Apesar da ausência do Presidente, Emmanuel Macron afirmou que os assessores de Donald Trump estavam na reunião.

É sabido que Trump é um cético das alterações climáticas, tendo alegado que não passava de uma farsa inventada pelos chineses. Aliás, a sua decisão de retirar os Estados Unidos do Acordo Climático de Paris prejudicou gravemente os esforços globais para reduzir as emissões.

O Presidente francês ignorou a cadeira vazia do Presidente Trump, afirmando que o seu objetivo não era convencer o norte-americano a juntar-se ao acordo climático. “Não podemos reescrever o passado”, disse, citado pela Associated Press. Ainda assim, Macron afirmou que teve uma “longa, rica e positiva” discussão com Trump sobre os incêndios na Amazónia.

O secretário-geral da ONU, António Guterres – que participou nas negociações sobre o clima – expressou a esperança de que os próprios norte-americanos vão ajudar a combater a mudança climática, mesmo que o Presidente não o faça.

Esta segunda-feira, foi anunciado um pacote de 18 milhões de euros de apoio ao combate aos fogos da Amazónia, um dos temas que dominou a cimeira do G7, em Biarritz. A par do Brasil, a nova porta de diálogo na questão do programa nuclear iraniano e o acordo sobre a taxa digital a aplicar aos gigantes tecnológicos foram também temas quentes do G7.

Sobre o conflito comercial com a China, o Presidente norte-americano não se alongou muito, afirmando apenas esperar um acordo, “caso contrário as coisas podem ficar más para o povo chinês”. Já sobre o eventual regresso de Vladimir Putin e da Rússia, Trump disse que isso era muito bom e que o líder russo só foi excluído por ter sido melhor que Obama, apesar de um jornalista lhe ter lembrado que foi a anexação da Crimeia que levou ao afastamento da Rússia

Acordo na taxa digital

Macron disse que ficou estabelecido um “muito bom acordo” com os Estados Unidos sobre taxa digital aplicada aos gigantes tecnológicos, objeto de discórdia entre Paris e Washington.

Os países do G7 entenderam-se em “chegar a um acordo em 2020 no âmbito da OCDE” sobre o imposto internacional sobre as gigantes tecnológicas norte-americanas e que no dia em que esta entre vigor, França irá ‘suprimir’ a sua própria taxa”, afirmou Macron, citado pelo Diário de Notícias.

Adotado em 11 de julho em França, o imposto chamado GAFA cria uma imposição sobre empresas como a Apple ou o Facebook, incidindo não sobre os lucros, que são consolidados em países de baixa fiscalidade, como a Irlanda, mas sobre o volume de negócios, enquanto se espera por uma harmonização das regras ao nível da OCDE.

Negociar com o Irão

Donald Trump disse que está aberto a reunir com o Irão, “quando houver condições” para resolver o problema nuclear, mas ameaçou com “força muito violenta” se Teerão não aceitar ser um “bom jogador”.

No final da cimeira, esta segunda-feira, Trump disse que o Irão não soube aproveitar o acordo nuclear e aproveitou-se dos milhares de milhões de dólares que foram oferecidos, sem dar a recompensa de abandonar o seu plano nuclear.

Numa conferência conjunta com Macron, Trump elogiou o esforço de França para mediar as negociações. “O Presidente Macron fez o que achava correto. Talvez funcione. Talvez não funcione. Não sei”, disse Donald Trump, referindo-se ao facto de Macron ter convidado o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano para comparecer em Biarritz.

Por sua vez, Macron afirmou que espera que Trump e o Presidente iraniano se encontrem nas próximas semanas, acrescentando que os líderes do G7 concordaram que o Irão deve cumprir as suas obrigações nucleares.

ZAP //

1 Comment

  1. Há um nome bom para chamar a este mentecapto.. ai como é que é???? hummmmm?!?!?!?
    Ahhhh já sei ANORMAL, BESTA, MONTE DE ESTERCO… não me estava a recordar bem de todos os adjectivos que são possíveis de ser atribuídos a esse animal, sem querer ofender os animais.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.