Os tripulantes da Ryanair começam esta quarta-feira uma greve de cinco dias, até domingo, convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e que conta com serviços mínimos decretados pelo Governo.
Nesta terça-feira, a Ryanair referiu que não esperava “perturbações significativas” por causa da greve, mas salientou que não podia “descartar alguns atrasos” ou mudanças nos voos. “Faremos tudo o que pudermos para minimizar as perturbações causadas aos nossos clientes e às suas famílias”, garantiu a transportadora irlandesa, em resposta à Lusa.
“Os passageiros que não receberam um email ou uma mensagem podem esperar que os seus voos para e de Portugal se realizem normalmente esta semana”, assegurou a empresa.
Num comunicado do dia 1 de agosto, o SNPVAC adiantou que o pré-aviso de greve abrange todos os voos da Ryanair cujas horas de apresentação ocorram entre as 00h00 e as 23h59 dos dias previstos para a paralisação (tendo por referência as horas locais) e os serviços de assistência ou qualquer outra tarefa no solo.
Entretanto, tendo em conta que não houve acordo entre a Ryanair e o sindicato, o Governo decretou serviços mínimos a cumprir durante a paralisação, que abrangem não só os Açores e Madeira, mas também as cidades europeias de Berlim, Colónia, Londres e Paris.
Assim, os serviços mínimos incluem um voo diário de ida e volta entre Lisboa e Paris; entre Lisboa e Berlim; entre Porto e Colónia; entre Lisboa e Londres; entre Lisboa e Ponta Delgada, bem como uma ligação de ida e volta entre Lisboa e a Ilha Terceira (Lajes), hoje, na sexta-feira e no domingo.
O SNPVAC criticou esta decisão e “repudiou veementemente” os serviços mínimos e a fundamentação do Governo para os impor.
Na base deste pré-aviso de greve está, segundo referiu o SNPVAC no comunicado de 1 de agosto, o facto de a Ryanair continuar a “incumprir com as regras impostas pela legislação portuguesa, nomeadamente no que respeita ao pagamento dos subsídios de férias e de Natal, ao número de dias de férias e à integração no quadro de pessoal dos tripulantes de cabine contratados através das agências Crewlink e Workforce”.
No dia 9 de agosto, o sindicato denunciou que a companhia aérea tinha enviado aos tripulantes um questionário online com o objetivo de saber se vão participar na paralisação.
// Lusa
E se o Governo se fizesse respeitar e às Leis do nosso País perante a Ryanair, em vez de assobiar para o lado?