Já mais de 5.000 pessoas assinaram a petição contra Museu de Salazar

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António Oliveira Salazar

Pelo menos 5.650 pessoas já assinaram uma petição pública pela intervenção do Governo socialista para impedir a instalação de um museu sobre a antiga ditadura do Estado Novo e seu líder, Salazar, em Santa Comba Dão, Viseu.

O documento digital foi colocado na Internet há escassos dois dias e meio e tem como subscritores o antigo líder sindical Carvalho da Silva, o analista político Pedro Adão e Silva, a escritora Maria Teresa Horta, o antigo reitor da Universidade de Lisboa José Barata Moura ou o cantor de intervenção Francisco Fanhais, entre outros.

O texto “Museu de Salazar, não!” apoia uma carta aberta dirigida ao primeiro-ministro, António Costa, em 12 de agosto, na qual 204 ex-presos políticos exigiam ação ao executivo do PS, além de expressar “o mais veemente repúdio” pela iniciativa anunciada pelo autarca local.

Segundo a petição, o projeto de Santa Comba Dão, “longe de visar esclarecer a população e sobretudo as jovens gerações”, seria “um instrumento ao serviço do branqueamento do regime fascista (1926 – 1974) e um centro de romagem para os saudosistas do regime derrubado com o 25 de Abril”.

“Entre os subscritores, estão Alfredo Caldeira, António Borges Coelho, António Espírito Santo, António Melo, António Redol, Camilo Mortágua, Carlos Brito, Diana Andringa, Domingos Abrantes, Domingos Lopes, Emília Brederode, Eugénia Varela Gomes, Fernando Chambel, Fernando Rosas, Francisco Bruto da Costa, Helena Cabeçadas, Helena Neves, Helena Pato, Isabel do Carmo, José Ernesto Cartaxo, José Lamego, José Leitão, José Mário Branco, José Pedro Soares, Luís Moita, Maria Luiza Sarsfield Cabral, Mário de Carvalho, Mário Lino, Modesto Navarro, Sérgio Ribeiro, Teresa Dias Coelho e Teresa Tito de Morais”, enumerava o jornal Público.

O Museu em causa está projetado para ser construido no Vimieiro, em Santa Comba Dão, e as obras deverão começar já em agosto.

Salazar, que morreu há precisamente 49 anos, foi um ditador que governou o país entre 1932 e 1968, tendo assumido ainda a pasta das Finanças. Foi promotor do chamado Estado Novo, assente em princípios tais como “deus, pátria e família”. Com a imposição da censura, o regime utilizava ferramentas para controlar o povo como a polícia política (PVDE, posteriormente PIDE e depois DGS) e a Legião Portuguesa.

ZAP // Lusa

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13 Comments

  1. Esta “brigada de pequenos ditadores” deve pertencer ao mesmo clã dos que querem que peça-mos desculpa pela escravatura .
    Vivi,cresci e fui ao ultramar , foi uma ditadura sim senhor . mas o que pretendem agora não é seguir parte desse caminho ?
    Existiu ou não Salazar ? mesmo mal faz parte da nossa história , porquê passar uma borracha nesses anos ?
    E quanto aos saudosistas a força que possam ainda ter não deve chegar para irem muito longe .
    Deviam isso sim criar petições para acabar com toda a pouca vergonha da maioria destes politicos que nos desgovernam , mas provavelmente isso não lhes convém

  2. Nenhum poder deverá impor a sua vontade contrariando a voz do povo! Brasil e Venezuela estão dob o domínio do caos, que venha a desgraças desses países servir como exemplo e dar um basta a todo abuso de poder!

  3. Que Salazar foi o maior Estadista que Portugal conheceu no século 20 prova-o uma votação que a RTP1 levou a efeito há alguns anos. Instados os portugueses a dizerem quem, na sua opinião, tinha sido a personalidade mais importante do século XX escolheram… António de Oliveira Salazar. O povo tem memória e sentido de justiça e sabe quem foi António de Oliveira Salazar, o que fez e por que o fez. Que possamos ter um pequeno museu, pago por nós cidadãos que estimamos Salazar, e não pelo erário público, onde se exponha e se fale da sua obra em prol de Portugal é um ato de patriotismo e de memória que ninguém pode negar a outrem. Haja respeito por aqueles que nunca traíram a Pátria.

    • Inicie se faz o favor porque, se a mesma percorrer portugal, terá de longe muitas mais pessoas a favor do museu do que contra. Eu próprio me encarregarei de reunir mil assinaturas de pessoas vivas, localizáveis e de bem consigo próprias e com o passado da Pátria Portuguesa.

  4. Lamento que neste Pais haja tantos Incultos e Idiotas…!
    Não esquecer que existe na Alemanha um “Museu do Hitler”.
    Tudo faz parte da Historia e duma Nação e não deve ser esquecida nem apagada das nossas memórias.
    Eu sou neto de um grande Homem que foi assasinado no Campo do Tarrafal e estou a favor da História.
    Agradeço que se deixem de hipocrisia e parem de votar no A ou no B.
    Este Pais está cheio de políticos Corruptos que aproveitaram o Estado Novo para hoje Serem os Senhores de Colarinho Branco.

    • Concordo inteiramente com o seu comentário! A análise primária e populista de que não deve haver museu porque Salazar foi fascista e ditador, é algo absolutamente incompreensível!
      É exactamente porque o homem foi quem foi, e teve um papel importante na nossa história, mesmo que tenha sido um mau papel, é que tal museu DEVE existir, porque o importante é NÃO ESQUECER!!
      A preocupação que deveria existir não era sobre a existência de tal museu! A preocupação deveria ser como seria apresentado, quais as facetas a mostrar, quais as consequências duma mentalidade conservadora e reaccionária. Os aspectos negativos (muitos!) e os aspectos positivos (também houve alguns!).

  5. Pergunto-me se alguma desta pequenada (a do costume. ..) terá visitado qualquer das colónias de férias da Sibéria…? Sempre poderia comparar…

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