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O líder do partido separatista irlandês Sinn Féin, Gerry Adams,
O líder do partido separatista irlandês Sinn Féin, Gerry Adams, de 65 anos, foi preso na Irlanda do Norte por ter, segundo a polícia, ligação com o assassinato de Jean McConville em 1972.
Gerry Adams entregou-se às autoridades na noite desta quarta-feira, mas antes declarou ser inocente: “Alegações maliciosas foram feitas contra mim. Nego-as todas”.
Jean McConville tinha 37 anos quando foi sequestrada em sua casa e assassinada pelo movimento separatista IRA. O corpo foi encontrado em 2003.
Considerada um dos “Desaparecidos da Irlanda do Norte”, McConville tinha sido acusada de ser uma informadora, algo que foi provado ser falso por uma investigação da polícia da Irlanda do Norte.
O grupo de “desaparecidos” consiste em 16 pessoas sequestradas e executadas por republicanos nos conflitos ocorridos no país no fim do século passado.
O IRA admitiu ser responsável pelo desaparecimento de 9 delas. Até hoje, 7 não foram encontradas.
No caso de McConville e da sua relação com Adams, o Sinn Féin afirmou: “O mês passado, Gerry Adams disse estar disponível para se encontrar com a polícia sobre o caso. Esse encontro está a acontecer esta noite.”
Membros do partido criticaram, porém, o momento em que ocorre a prisão – dias antes da realização de eleições locais.
No mês passado, um outro membro histórico do partido, Ivor Bell, de 77 anos – um dos líderes do IRA nos anos 70 – foi acusado de estar envolvido no assassinato, com base numa entrevista concedida a investigadores do Boston College, nos Estados Unidos.
Outras prisões relacionadas com o caso ocorreram recentemente.
BBC
Os filhos de Jean McConville entrevistados na altura do desaparecimento da mãe, em 1972
ZAP / BBC
