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Escolas ameaçam pôr crianças em orfanato caso pais não paguem dívidas da cantina

Um agrupamento de escolas da Pensilvânia, nos Estados Unidos, ameaçou levar a tribunal os pais que não paguem as dívidas de almoços dos filhos. Isto poderia levar a que a criança fosse colocada num orfanato.

O agrupamento de escolas de Wyoming Valley West School District, na Pensilvânia, decidiu tomar medidas drásticas contra os pais que não paguem as dívidas de almoços dos filhos. O agrupamento escolar diz que lhe estão a dever quase 20 mil euros em almoços de alunos não pagos. Alguns dos alunos acumulam dívidas na ordem dos 350 euros.

Como tiro de aviso foi escrita uma carta para mais de mil pais. “O seu filho foi mandado para a escola todos os dias sem dinheiro e sem pequeno almoço ou almoço”, lê-se na carta enviada. O agrupamento escolar explica ainda que, em último caso, os pais podem ser levados a tribunal e os seus filhos, consequentemente, colocados num orfanato.

Esta foi uma medida de último recurso, segundo Jospeh Muth, diretor de programas federais. No entanto, os pais não parecem agradados com a situação. “Eu penso que deviam ser retirados os filhos à pessoa que escreveu esta carta”, disse um dos pais, citado pelo Business Insider.

O regulamento do agrupamento escolar não tem nenhuma cláusula que prevê um processo em tribunal em caso de dívidas acumuladas pelo não pagamento dos almoços na cantina. No entanto, está previsto que nas situações em que a dívida é superior a cerca de dez euros, “é feita uma chamada automatizada todas as sextas-feiras” até que a conta seja paga.

Uma agência de serviços sociais da região, a Luzerne County Children and Youth Services, disse ter sido inapropriadamente chamada a uma situação que não lhe diz respeito. “Existimos para proteger e preservar as famílias. A única vez que uma criança é retirada é quando ela não pode ser mantida em segurança na sua casa”, disse a sua diretora, Joanne Van Saun.

Em declarações à CNN, Joanne disse ainda que a sua agência “ajudou muitas crianças e famílias a pagar a renda e a comprar roupas”, defendendo que “as crianças vivem melhor quando estão com as suas famílias”.

ZAP //

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