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Reduzir o uso de ar condicionado pode ajudar a salvar vidas

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Há muitas pessoas a precisar da ajuda preciosa do ar condicionado para sobreviver a temperaturas cada vez mais altas. Contudo, aquele que pensamos ser o nosso maior aliado pode ser, na verdade, o nosso pior inimigo.

Anualmente, nos Estados Unidos, morrem cerca de 100 mil pessoas vítimas de doenças cardíacas causadas ou exacerbadas pela poluição do ar. Um estudo recente, da Universidade de Wisconsin-Madison, refere que quase 500 dessas mortes poderiam ter sido evitadas se o ar condicionado tivesse sido controlado durante os três meses mais quentes do ano.

Esta conclusão sustenta a teoria de que o uso de menos combustíveis fósseis protege a nossa saúde. “Centenas de mortes poderiam ter sido evitadas apenas com medidas de eficiência”, resume Vijay Limaye, cientista do Centro de Ciências do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais, que analisou o relatório.

Através de modelos computacionais, a equipa de cientistas simulou como uma redução de 12% na procura de eletricidade nos meses de verão afetaria a queima de combustíveis fósseis. Através desta experiência, os investigadores descobriram que os níveis de óxido de nitrogénio diminuíram em 13%, o dióxido de enxofre em 12% e o dióxido de carbono em 11% a cada ano.

Ao todo, os cientistas estimaram que cerca de 475 mortes poderiam ter sido evitadas a cada ano.

Os impactos de reduzir o uso de energia em 12% durante os três meses mais quentes do ano poderiam ser muito mais amplos com a eliminação completa das fábricas movidas a combustíveis fósseis, por exemplo.

“Atualmente, estamos presos neste ciclo vicioso de dependência de combustíveis fósseis para cerca de 60% da nossa eletricidade. Quando usamos o ar condicionado, para salvar vidas em situações de calor extremo, estamos, porém, a contribuir para o problema subjacente das alterações climáticas“, esclarece Limaye, citado pelo Fast Company.

Este e outros estudos devem abrir o caminho para uma mudança acelerada das nossas fontes de combustíveis fósseis. “Mudar para fontes renováveis permite-nos tirar proveito de um arrefecimento eficiente e sem efeitos colaterais.”

ZAP //

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9 Comments

  1. Reduzir o uso do aparelho de ar condicionado reduz a produção de eletricidade e essas coisas todas. É verdade! Mas então, em vez de escreverem um artigo tão tendencioso, porque não generalizar? Se usarmos menos o computador (este em que eu estou a escrever e esses em que estão a ler) reduz a produção de eletricidade. Se reduzirmos a luz acesa, se reduzirmos o uso do rádio e da televisão, o uso dos telemóveis, o uso do frigorífico e das máquinas de lavar, da torradeira, do fogão elétrico e do forno, e por aí fora reduzimos tudo isso que o artigo refere. Não será?

    Uma sugestão: Não percam tempo a escrever artigos tendenciosos e parciais, gastem menos eletricidade de que os computadores necessitam para trabalhar. Portanto, poupem energia, não escrevam artigos disparatados que de nada servem e nada trazem de positivo.

    • Caro leitor,
      Da mesma forma que um passarinho não come o mesmo que um elefante, uma torradeira ou um computador não gastam o mesmo que um ar condicionado.
      Mas apesar disso, o ZAP, que não tem nada contra o ar condicionado, as torradeiras ou os frigoríficos, dá sempre notícia de todas as invenções infernais com que o Homem está a arruinar o planeta para que o seu cantinho pessoal tenha melhor qualidade.
      Por exemplo, damos de vez em quando a notícia de mais um país que já gasta menos energia que os computadores da cadeia bitcoin, mas não temos nada contra as bitcoins. Escrevemos sobre bitcoins, umas vezes bem, outras mal.
      Não temos mesmo nada especificamente contra os computadores, mesmo quando são usados para escrever comentários que consideramos injustos. Até esses, os agradecemos.
      Porque os nossos leitores têm o direito de gastar o seu tempo e os seus recursos a escrever o que quiserem e lhes apetecer.
      Só não têm o direito de nos dizer como devemos gastar os nossos, nem que notícias devemos escrever – ou não escrever.

      • ZAP, aceitando que tem todo o direito a dar uma resposta ao leitor, não me parece que o modo como o quem a escreveu o fez seja o modo mais adequado para um meio noticioso. Não coloco em causa a justiça da resposta ou o direito a ela, mas antes a forma como é dada/escrita.
        Acrescento ainda que, tratando-se de um meio noticioso português (de Portugal) a palavra “demanda”, escrita no artigo, me pareça um pouco “brasileirismo” (português do brasil).
        Continuação de bom trabalho e de boa semana.

        • Caro Marco,
          Somos por norma muito corteses com todos os nossos leitores, nomeadamente os que nos ajudam com as suas críticas.
          Mas traçamos uma linha vermelha no que diz respeito às nossas escolhas editoriais, e não nos sentimos inclinados a ser simpáticos com quem acha que pode dizer-nos o que devemos ou não escrever.
          “Demanda” é uma bonita palavra, bem portuguesa, com vários significados em pt_PT correcto, mas no contexto desta notícia a palavra mais correcta é “procura”. Obrigado pelo seu reparo, está corrigido.

          • Zap, agradeço a vossa resposta e o esclarecimento sobre a etimologia da palavra “demanda”. Efectivamente é uma palavra bem portuguesa sim, apenas, e aí concordamos ambos, o contexto pede a palavra “procura”.
            Quanto ao teor da resposta ao leitor, aceito os vossos argumentos, os quais entendo, mas mantenho a minha opinião de que existem outras formas de se responder, igualmente incisivas e menos “ruidosas”. Digo-o em vossa própria “defesa” e não como intromissão.
            No meu caso, sempre que puder, contribuirei de forma construtiva.
            Votos de bom trabalho a toda a equipa.

          • Caro Marco,
            Obrigado pelos votos, e pelo reparo acerca da forma como interagimos com o leitor, que aceitamos.

    • Tem razão no que diz. Se diminuirmos o uso de todos esses aparelhos estamos a contribuir para a redução da poluição e dos recursos naturais. Mas este artigo não deixa de ser relevante porque o uso do ar condicionado é muito mais grave para o planeta; não só consome muito mais energia do que todos esses aparelhos juntos como também liberta gases muito mais tóxicos para a atmosfera.

    • Só uma nota. Sugere a dada altura “…se reduzirmos o uso do rádio e da televisão, o uso dos telemóveis…” bem… neste caso poderíamos ter aqui a solução para o problema de natalidade e do envelhecimento populacional.

  2. O problema do ar condicionado não é apenas o consumo elevado de energia mas também a qualidade do ar emitido pelos mesmos. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que a qualidade do ar de lugares fechados pode ser até 5 vezes pior do que o ar externo. A falta de manutenção regular destes aparelhos agrava ainda mais este problema.

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