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Bava investiu milhões do saco azul do GES fora da PT

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Tiago Petinga / Lusa

O antigo presidente da PT, Zeinal Bava

O antigo administrador da PT, Zeinal Bava, usou pelo menos oito milhões de euros do saco azul do Grupo Espírito Santos (GES) em investimentos fora da Portugal Telecom.

Bava é um dos arguidos da Operação Marquês, sendo acusado de ter recebido luvas do chamado saco azul do Grupo Espírito Santo. Agora, o Correio da Manhã avança que o antigo administrador da PT investiu pelo menos 8 milhões de euros do dinheiro do GES fora da PT.

De acordo com Ricardo Salgado, o ex-líder do Banco Espírito Santo, o dinheiro transferido do saco azul do GES para Zeinal Bava tinha como objetivo a compra de ações da Portugal Telecom.

“Quem efetuou a gestão profissional dos meus meios financeiros nunca o fez em termos de pôr em causa as disponibilidades e liquidez que garantiriam a devolução do total transferido”, disse Bava, quando confrontado com a utilização destes fundos fora da PT.

O investimento fora da empresa consta nos movimentos bancários da Rownya, o offshore de Bava na Suíça, que recebeu 8,5 milhões de euros da Enterprises Management Services, o alegado saco azul do Grupo Espírito Santo. A transação foi feita a 20 de janeiro de 2011.

Segundo o CM, foram investidos 7,9 milhões de euros em produtos estruturados apenas cinco dias depois. Uma semana depois, já com a verba reposta na conta, a offshore reinvestiu oito milhões de euros.

O antigo administrador da PT é acusado de ter recebido luvas no valor de 25,2 milhões de euros do GES, na altura chefiado por Ricardo Salgado. Bava diz que esse dinheiro lhe foi confiado a “título fiduciário”.

Salgado e Bava assinaram contrato em 2010 com BI de 2014, com a defesa a justifica que foi um “lapso de escrita”.

Segundo Ivo Rosa, o contrato que ambos dizem ter celebrado tem o dia 20-12-2010 como sendo a data de assinatura dos dois arguidos e que o Ministério Público diz ser ter sido falsificado.

Em sede de instrução ambos confirmaram que esse contrato, escrito em inglês e com o nome de agreement, destinado à aquisição de ações da PT, tinha sido celebrado nesse mês de dezembro de 2010 — contrariando a tese da acusação que diz que foi celebrado depois de novembro de 2014, quando o ex-primeiro-ministro José Sócrates foi detido, porque Salgado teria ficado “receoso” de ser descoberto.

ZAP //

5 Comments

  1. Mais um grande patriota que usou Portugal como uma coutada para encher e fazer encher os seus próprios bolsos e os bolsos dos quadrilheiros a quem sempre esteve associado. Nunca foram os legítimos interesses do Portugal e o seu seu povo que orientaram a sua conduta. Portugal para eles não é país a defender mas a espoliar e extorquir. Que nas sentenças, se vierem a ser condenados, se lhes retire a todos a nacionalidade portuguesa e se lhes nacionalizem os bens, que a Portugal somente pertencem.

  2. É o que se pode chamar de bava e ranho 😉 e os portugueses que paguem! O dia mais feliz será quando Bavas, Granadeiros, Linos, Salgados, Berardos, Sócrates e outros, forem engaiolados finalmente, e se possível, que deitem fora as chaves das celas.

  3. 3 questoes
    Parece que normalissimo que um cidadao nacional tenha contas offshore, porque disso ja nem se fala, ou deixou de ser ilegal ?
    Que movimente milhoes, sem que isso seja branqueamento ou lavagem ?
    Recebeu e pagou imposto ? Tambem parece nao importar.
    Cambada

  4. Há que respeitar este Ilustre Condecorado (mais um), de uma idoneidade irrepreensível !…… mas enfim, já sabemos todos o que a casa (do poder)gasta !!!……….e de uma Justiça, cega só de um olho !

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