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Pai e filha de 2 anos morreram afogados a tentar migrar para os EUA

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Óscar e a sua filha Valeria, de apenas 2 anos, morreram no Rio Bravo, na fronteira entre o México e os EUA, quando procuravam viver o “sonho americano”. A fotografia do salvadorenho ao lado da filha está a correr o mundo como o “retrato” do drama da crise migratória.

Óscar, de 25 anos, e a mulher estavam a tentar chegar aos EUA com a filha Valeria, quase a completar dois anos. Mas o percurso migratório da família de El Salvador acabou em tragédia no Rio Bravo, entre a fronteira mexicana e os EUA.

O pai e a filha foram encontrados mortos, afogados, num momento que fica registado para a posteridade numa fotografia que está a chocar o mundo.

A imagem reforça o drama da crise migratória que se vive na zona centro-americana, agravado depois de o México ter acordado com a administração de Donald Trump novas medidas para apertar as regras fronteiriças.

Com os centros migratórios cheios de gente e as longas listas de espera nos postos alfandegários de acesso aos EUA, há quem escolha atirar-se ao rio para tentar a travessia rumo ao “sonho americano”.

Uma das fotógrafas que presenciaram o momento em que os corpos de pai e filha foram descobertos relata ao El País que “a mãe contou que o marido tinha ido com a filha atravessar o rio até Brownsville”, no Texas. Quando voltou para levar a mulher, a criança atirou-se à água, talvez a pensar que era um jogo, e foi levada pela corrente.

O homem foi então em busca da filha e acabaram por morrer ambos afogados. Foram encontrados várias horas depois.

“Parece que, em desespero, [o pai] colocou a menina na camisola para não a perder na corrente e o que aconteceu é que a corrente os levou e ambos se afogaram”, relata ao El País a fotógrafa Julia Le Duc.

Le Duc acrescenta que a fotografia destas mortes trágicas ilustra o que se vive actualmente nas fronteiras do México. É “um barril de pólvora, uma tragédia que se pressentia pelo que se está a viver nos acampamentos de migrantes em Matamoros”, zona onde ocorreu a fatídica travessia do rio.

De acordo com dados do El País, todos os meses morre, pelo menos, uma pessoa a tentar atravessar o rio para os EUA. Só em 2018, morreram 283 pessoas a tentar atravessar a fronteira.

SV, ZAP //

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47 Comments

    • Não eram mexicanos, mas sim de El Salvador.
      E se os EUA não tivessem andado durante décadas a “minar” quase todos os países da América Central e do Sul, incluído El Salvador onde a CIA fez um belo serviço, certamente que sto não acontecia.

      • Japão levou com 2 bombas nucleares e eles estão bem melhor que tu.
        Alemanha este envolvida em 2 guerras mundiais, teve a população masculina quase completamente dizimada e estão melhor que tu.
        Adversidade não faz a pessoa / Povo, revela-a/o.
        Deixa de ser tapadinho.

        • Melhores do que eu?!
          Achas que isso existe?
          Deixa de ser tontinho!…
          .
          De resto, essa comparação do Japão/Alemanha (que coitados eram “apenas” duas potências mundiais!) com El Salvador (etc), só revela a tua completa ignorância sobre o assunto (e falta do mínimo de bom discernimento)!
          “Alemanha… teve a população masculina quase completamente dizimada…”
          A sério?! Em que filme foi isso?
          Numa população de ~70 milhões (1939, apenas na Alemanha) morrem 5-6 milhões de alemães (e nem todos eram homens!) e tu dizes que a “população masculina foi quase completamente dizimada”…
          Está “certo”!…
          Agora vai lá estudar a lição antes de escreveres mais disparates!…

        • Deixe-me adivinhar… O Miguel não perde um video do Jordan Peterson, certo?

          é sempre de rir essa narrativa dos “fortes” da história. Os “brave and bold”… Essa conversa neo-romântica do individualismo heroico e dos self-made man’s que em vez de terem discurso de vítima, se lançam à vida sem medo e lidam com as adversidades até serem vencedores!.. Ai mãe…

          Essa é a conversa dos que falam de contentes. Dos que cantam de galo e confundem sistemáticamente a sorte e as condições a priori vantajosas… Com mérito próprio e individualismo. Patético…

  1. qtas crianças morrem hoje e já morreram à custa dos #MSM (mainstream media) venderem e apoiarem guerras completamente sem sentido, como a destruição da Líbia, Síria e agora a prepararem-se para vender a do Irão.

    cambada de cínicos e hipócritas.

    e sim os EUA não têm de deixar entrar quem não queiram. PONTO!

  2. Desculpem-me: não é uma questão de se os EUA e a UE conseguem ou não aguentar a pressão migratória.
    A questão é: são seres humanos, caramba! E mesmo os animais não têm este comportamento egoísta e mesquinho.
    Tenho um filho de dois anos. E não fui capaz de conter as lágrimas quando vi esta imagem, assim como a do menino de três que apareceu numa praia da Turquia.
    Seremos assim tão insensível e cretinos que isto não mexa connosco???

      • Parabéns então a si também Kim Kolhão pois, claramente está apaixonado pela narrativa do medo dos emigrantes e dos refugiados. A si, sim… As propagandas mexeram com emoções como cobardia e egoismo de forma bastante eficaz.

        Primeiro rebenta-se com os países daquela gente para se lhes roubar o que é deles e depois recusa-se abrigo aos respectivos desalojados pelos nossos actos. Essa é a ideia que você e a sua narrativa do medo mariquinhas dos refugiados, defende.

        Como se costuma dizer: “Pimenta no cú dos outros, é refresco pra mim” – assim está você. Foi muito giro a Coligação Ocidental rebentar com países como o Iraque, a Libia e a Síria levando ao desenvolvimento inclusive do ISIS… E depois quando os desalojados desses mesmo bombardeamentos vêm pedir refúgio, dizer que a Europa não tem nada a ver com isso. Lamento mas não é assim. As melhoras.

    • Deves ser daqueles que quando te apetece sexo, e uma mulher diz que não, tu violas-a na mesma, porque “precisas”, e o precisar da-te poder de o fazer.
      Egoísta e mesquinho foi o pai.
      Se um pai sabe que os EUA não aceitam emigrantes, e qualquer ser humano compreende que ir para um rio é perigoso, porque levou a sua filha e a submeteu ao risco?
      A vida é má no seu pais? Ok, mas os EUA são o único pais do mundo?
      Porque não ir para o Brasil ou México? Não emigram portugueses para o Brasil também?Se fossem assim tão mal não estavam portugueses a fazê-lo aos mihares.

      Só propaganda politica e pessoas limitadas como tu caem que nem patos no meio.

      • 1 – acaso conhecemo-nos? Decerto que não, pois não me relaciono com pessoas como o Sr. Respeitinho é muito bonito e eu gosto.

        2 – o seu comentário é tão rasteiro quanto boçal. Mesmo que discordemos, pode perfeitamente manifestar opiniões sem faltar ao respeito. Em todo o caso, nem me merece resposta.

        3 – recomendo, vivamente, que aprenda português. Se escrevesse em português como diz barbaridades seria um Camões.

  3. Propaganda ou não, tratam-se de seres humanos. Tudo o resto é conversa.
    Em todo o caso caso, seguramente, sei mais sobre propaganda do que o Sr…

      • Caro Rui,
        Confesso que a minha primeira reacção foi mandá-lo passear. No entanto, achei por bem, antes de o fazer, investigar um pouco.
        Aquilo que me parecia ser bem linear, não o é afinal. Na verdade, a doutrina, divide-se e muito. Quer a Gramática do Lindley Cintra & Celso Cunha, assim como outras fontes consultadas, admitem a sua formulação, mesmo no plural, como é o caso,mas apenas para coisas indeterminadas e/ou omissas.
        De todo o modo, quando nos referimos a algo determinado (aqui ao pai e filha que faleceram) é aceite a forma plural “tratam-se”.
        Mas o assunto é mesmo muito controverso.
        Tenho um ilustre amigo com doutoramento nestas áreas e hei-de colocar-lhe a questão que é deveras interessante. Todavia, se souber mais do que eu, p.f., elucide-me! Não tenho a pretensão de saber tudo. E esta não é a minha área de estudos fundamental. Cruza-a, mas não é.
        Cordial abraço!

        • O verbo tratar, quando é sinónimo de “lidar com”, só se pronuncia na 3ª pessoa do singular. Alguém trata mas não se sabe quem. Sujeito indeterminado.

          • Caro Rui,
            Plenamente de acordo, excepto num pormenor que faz toda a diferença. O sujeito não é indeterminado: referia-me àquele pai e àquela filha concretos que faleceram. Logo, não é, nem pode ser indeterminado. E, assim sendo, terá de ser a 3.ª pessoa do plural.
            Mas, conforme referi anteriormente, sei a quem perguntar com absoluta segurança. Quando puder, logo o farei. Não por qualquer capricho do género “eu é que tenho razão”, mas porque a sua correcção me suscitou uma dúvida. E, acima de tudo, quero esclarecê-la.
            Cumprimentos,

          • Mas o pai e a filha não são os sujeitos pois não se tratam deles próprios. São o complemento directo. O sujeito é indeterminado. Você é teimoso lol. Cumprimentos.

          • Caro Rui,
            Sim, sou teimoso, mas no bom sentido!
            Complemento directo. Essa não percebi. Tratam-se de quem? (sujeito), o quê (complemento directo), a quem (complemento indirecto), onde, como, por onde, quando, etc.? (complementos circunstanciais de tempo, modo, lugar).

            Aceitaria o Complemento Directo se se tratasse do verbo “ser”, em que o sujeito é sempre nome predicativo do sujeito e, como tal, complemento directo. Agora assim…

            Abraço!

          • Caro Rui:
            Consultado o meu especialista na matéria (na verdade são até são dois,porque marido e mulher) o parecer deles é que, embora o meu raciocínio esteja correcto e seja aceitável, a forma mais usual e correcta é aquela que a sua correcção sugere. “Trata-se” é melhor do que “tratam-se” (ainda que esta última também seja aceitável.
            De qualquer modo, a fica o meu “mea culpa”.
            Obrigado e bem haja!

  4. 1 – acaso conhecemo-nos? Decerto que não, pois não me relaciono com pessoas como o Sr. Respeitinho é muito bonito e eu gosto.

    2 – o seu comentário é tão rasteiro quanto boçal. Mesmo que discordemos, pode perfeitamente manifestar opiniões sem faltar ao respeito. Em todo o caso, nem me merece resposta.

    3 – recomendo, vivamente, que aprenda português. Se escrevesse em português como diz barbaridades seria um Camões.

  5. A crise migratória terá que ter a solução nos seus países de origem, imagine-se agora os EUA abrirem as portas a toda a gente que para lá pretende entrar, daqui por poucos anos seria o caos total e a destruição do país, cenários como o que está na foto terão que ser evitados a todo o custo e com a colaboração de todos a começar pelos “responsáveis” dos países de origem que pelos vistos nem vontade nem competência têm para gerir seja o que for. A maior parte destes países são governados por ditadores de direita ou esquerda, veja-se o caso de África onde o comunismo entrou em força para além das guerras tribais e religiosas e o resultado actual.

    • Está tudo muito certo!
      Mas vamos deixar as pessoas morrer assim?
      Para termos mais um carro ou uma porcaria de um plasma ou playstatio, para vestir roupa de marca, ou irmos passear de férias em locais paradisíacos (muitas vezes os países destas pessoas) vamos deixar que seres humanos, iguais a nós, independentemente da cor da pele ou da etnia, morram, assim?
      Somos animais? Onde está o tão propalado humanismo? Aquilo que nos distingue dos animais…
      Deixemo-nos de hipocrisias. Claro que não conseguimos acolher todos!
      Claro que temos de escolher (desde logo aqueles que percebam que as regras “aqui” são estas e têm de as cumprir ou podem voltar para as suas terras).
      Mas, podemos começar por indignar-nos. Deixar que pessoas morram desta maneira NÃO É DIGNO NEM PRÓPRIO DE SERES HUMANOS.
      Podemos começar por exigir que os arautos da democracia, sempre tão expeditos a levá-la onde há petróleo e/ou outros interesses se juntem e intervenham pondo cobro a estas situações.
      Vamos impedir que os sírios, os líbios, os iraquianos, etc. entrem na Europa? Plenamente de acordo! Mas temos de garantir que podem voltar às suas casas sem o medo de uma bomba lhes cair em cima enquanto dormem, sem o medo de saírem à rua e serem atingidos por balas perdidas, sem medo de saírem à rua e serem espancados, ou pior, apenas porque pensam de maneira diferente… Vamos criar condições para que não tenham fome e ao invés de dependerem da “ajuda” externa, se tornem auto-suficientes. Ajuda é dar-lhes maquinaria e ensiná-los a cultivar, construir e a viver sem ser no preconceito, na ignorância e no obscurantismo do fundamentalismo religioso. Isso sim, seria obra!
      Quando conseguirmos isso, duvido que a maioria queira realmente sair do seu espaço!
      Criemos condições a montante e o problema resolve-se por si.
      De outro modo, vamos continuar a ver imagens vergonhosas como esta.
      E aos que falam em manipulação, respondo com factos: dois mortos. Um deles uma criança inocente. Tenham vergonha!

      • Muito bem!!!
        Somos todos humanos, temos todo sangue encarnado (se digo vermelho, estou tramada!); há boas e más pessoas nos dois lados.
        Também sou mãe e o meu filho já tem 16 anos; tudo isto me aflige, até por motivos que não vêm aqui ao caso; acredito que, neste caso em específico, terá que ser muito grande um desespero de um Pai.
        Gostei de o ler e concordo consigo. Mas cada vez comento menos, até porque já tive que tomar medidas quanto a excessos de linguagem e comportamentos de que fui alvo…
        Curioso é ver, em certos filmes catástrofe, quem são os países que resistem e depois ajudam os EUA… claro, são filmes, são “romances”. Até um dia.
        Excelente dia para si, os meus cumprimentos e, se for o caso, boas férias.

          • Caro Sr. Sykander, bom dia e muito obrigado! Decerto nos encontraremos por aqui, de vez em quando! Foi também um gosto enorme. Muitas felicidades e… até já! 🙂

          • Não digas “obrigado” diz obrigada que tu és mulher e as mulheres devem dizer “obrigada” pois quem fica obrigada é quem diz e não a quem se diz.

  6. Estimada Maria João,
    Agradeço o seu comentário e as suas palavras. Pena é que, nem todos quantos aqui comentam (independentemente de partilharem, ou não, da minha perspectiva) se revelam correctos e educados nesse exercício.

    Idiotas, burgessos e demais parvos (no sentido etimológico) grassam por estes espaços, nada acrescentando e em nada contribuindo para um debate muito sério que urge fazer, limitando-se apenas a descarregar as frustrações de uma vida que é difícil para a generalidade das pessoas e não apenas para eles.

    Claro que há pessoas boas e más, em todo o lado. Àqueles que connosco querem viver, o que se deve exigir é que respeitem a nossa cultura, sem prejuízo da sua. Não posso é aceitar que numa praia francesa, venha um muçulmano exigir que uma mulher se tape. Do mesmo modo que, se for visitar uma mesquita é meu dever descalçar-me e cobrir a pele exposta, respeitando a cultura do outro.

    Mas esta premissa é válida nos dois sentidos. Não tenho problemas com mesquitas em Portugal, quando na Arábia Saudita existirem igrejas. Não tenho problemas com o Islão, quando o Islão deixar de os ter com o mundo Cristão.

    Os filmes catástrofe (2012, O Dia Depois de Amanhã, etc.), assim como muitos outros registos (lembro-me, por exemplo, do Boston Legal, ou até mais recentemente da série do Seth McFarlane “The Orville” e claro dos intemporais Simpsons ou American Dad e Family Guy) têm justamente o condão da crítica social.

    De todo o modo, e foi esse o meu ponto no primeiro comentário que deixei a respeito desta muito triste notícia, é que, antes do mais, estamos a falar de seres humanos. E, desculpe-me: antes dos países, das línguas, das culturas, das religiões, da cor da pele, e do saldo da conta bancária, aquilo que nos une é o facto de sermos seres vivos. Não posso aceitar, o desprezo pela vida humana e a insensibilidade egoísta perante o drama de semelhantes que alguns sujeitos aqui expressaram.

    Enquanto portugueses, e parece que há sujeitos que se esquecem disso, todos temos no respectivo cículo familiar e/ou de amigos, pessoas que emigraram. A maioria, “a salto” para França, Alemanha, Suíça, Luxemburgo, Bélgica, etc. Não esquecendo, ainda, os que foram para o Brasil, Venezuela, Canadá ou Estados Unidos. E, convém recordar, que muitos destes emigrantes, foram-no, numa primeira fase, ilegalmente.

    Aos idiotas que deixam certo tipo de comentários, pequenos e rasteiros como a sua natureza, importa perguntar: e se fosse um amigo ou familiar vosso? Mantinham o discurso xenófobo e segregador?

    Eu confesso, mexeu, e mexe muito comigo esta e outras notícias do género. De cada vez que abro esta página e vejo aquela foto, não sou capaz de ficar indiferente e insensível, pese embora o facto de muitas vezes ser tido como tal.

    • Bom dia Sr. Sykander. Um vez mais, correcto, assertivo, sem linguagem excessivamente académica e tudo muito bem explicado. Eu não gosto de criticar só por criticar… geralmente comento, é diferente; manifestando a minha opinião e/ou ponto de vista, nunca ofendi ninguém e respeito a liberdade do próximo. Um excelente dia para si e espero encontrá-lo de vez em quando por aqui! 🙂

  7. Sim, mas ao contrário do que dizes, a polícia pode e entra na Cova da Moura!!
    E os animais que os apredejaram deviam ser logo abatidos a tiro!

    • Olá Rui: há uma diferença significativa. Eu qualifiquei o comentário. O outro Sr. ofendeu a minha pessoa.

      O outro Sr. confunde a árvore com a floresta. Penso que a generalidade dos ciganos são um bando de preguiçosos marginais (vivem à margem, pouco fazem para mudar a sua vida e isso é um facto). Os ciganos são todos iguais? Evidentemente que não! Conheço vários e respeito muito alguns que são exemplos de superação do contexto de origem. Mas também conheço daqueles que seria desejável não voltarem a sair.

      Temos uma grande comunidade de brasileiros em Portugal. Muitos são delinquentes. Mas serão todos iguais? Evidentemente que não! Sou amigo de vários brasileiros e quando estou com qualquer deles a conversa flui naturalmente e dura horas!

      Há muitos africanos (escrevo africanos, embora pense que é bem mais ofensivo do que escrever pretos ou negros até porque, muitos deles têm tanto de africano como eu) em Portugal. São todos criminosos como sugere o outro cavalheiro? Decerto que não. Alguns dos melhores alunos que tive o privilégio de “ensinar” são oriundos das ex-colónias. São um exemplo de educação, respeito e trabalho. E só assim conseguem superar as lacunas da sua formação e integrar-se numa sociedade que é preconceituosa.

      No prédio do lado vive uma família de ucranianos. Tive vários alunos ucranianos. Sempre educados e respeitosos. Trabalhadores e metidos nas suas vidas.

      Tenho ainda amigos ingleses, franceses e até um australiano que vivem em Portugal.

      Em suma: desde que trabalhem, paguem impostos, cumpram e respeitem as regras vigentes e os locais e não se metam em problemas, sejam bem vindos todos os estrangeiros.

      Sou de direita, mas não vejo vantagem no fechamento de fronteiras. A diversidade étnica, genética e cultural são uma mais-valia. Não o oposto!! A narrativa do outro Sr. não sendo absolutamente falsa também não é completamente rigorosa. Nesses bairros como a Cova da Moura ou o antigo Casal Ventoso, ou ainda Chelas, há também muitos criminosos brancos e nascidos em Portugal.

      Arrisco até escrever que é provável que existam mais, e mais perigosos, criminosos na Quinta da Marinha, em Cascais, na Expo, na Foz e noitras zonas nobres de Lisboa e Porto do que em muitos dos bairros sociais mal afamados.

      Abraço

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