A Polícia Judiciária deteve quatro pessoas suspeitas do rapto do filho de um diplomata da Guiné-Bissau. O sequestro ocorreu em plena rua na Amadora e o jovem empresário guineense esteve sequestrado durante três dias na Margem Sul do Tejo.
Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) esclarece que “a vítima foi raptada na via pública com contornos de grande violência” e que foi “mantida em cativeiro durante três dias”, tendo sido “submetida a constantes ameaças e agressões de modo a coagirem os seus familiares ao pagamento de resgate”.
A vítima é o filho do director nacional dos Serviços de Imigração da Guiné-Bissau, um empresário residente no estrangeiro, mas que se deslocava com frequência a Lisboa, conforme apurou a TVI.
“Após ter sido manietado no concelho da Amadora, foi transportado para uma residência sita no concelho da Moita, onde se manteve em cativeiro até ao dia da sua libertação”, acrescenta a PJ.
O sequestro ocorreu no início do ano, mas só agora foi possível proceder às detenções dos suspeitos, três homens e uma mulher, com idades entre os 40 e os 49 anos. Entretanto, já a família da vítima tinha pago parte do resgate pedido, cerca de 5 mil euros.
O Jornal de Notícias (JN) destaca que o empresário “sofreu ferimentos considerados graves“.
A PJ terá conseguido identificar os suspeitos depois de a vítima ter reportado que conhecia um dos raptores, segundo refere ao Expresso a directora da Unidade Nacional de Contra-Terrorismo (UNCT) da PJ, Manuela Santos.
Alguns dos implicados no rapto têm antecedentes criminais por crimes violentos, sendo de nacionalidades Portuguesa, Guineense e Cabo-Verdiana, segundo o JN. Enfrentam acusações por crimes de rapto, extorsão, coação e posse ilegal de armas.