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Casamento de Felipe e Letizia esteve sob ameaça de atentado terrorista

jlmaral / Flickr

Felipe e Letízia, os novos Reis de Espanha

O casamento real espanhol entre o príncipe Felipe e Letizia Ortiz foi ameaçado por um possível atentado terrorista. Apenas o então rei Juan Carlos foi avisado e o segredo foi guardado durante 15 anos, até aos dias de hoje.

A revelação foi feita pelo antigo ministro da Defesa, José Bono, em declarações ao jornal espanhol El Cofidencial. O casamento realizou-se a 22 de maio de 2004, mas só agora, 15 anos depois, se sabe que o casamento esteve sob perigo de um atentado terrorista.

O casamento foi considerado um evento de segurança máxima, já que contava com várias personalidades ilustres entre os mais de 1.200 convidados. O Ministério do Interior não se conteve e foram gastos mais de sete milhões de euros em segurança para o casamento, que decorreu na Catedral de Almudena, em Madrid.

Na altura, Espanha estava ainda de ressaca dos atentados de 11 de março, três dias antes das eleições espanholas, que mataram 193 e feriram 2.050 pessoas. Especula-se até hoje que os ataques coordenados no sistema de metropolitano espanhol tenham sido organizados por uma célula terrorista ligada à al-Qaeda.

Pouco mais de dois meses depois, o casamento estava também sob o perigo de um ataque. Segundo Bono, o medo aumentou depois de ter recebido informações do Centro Nacional de Inteligência que tinham sido roubados vários ultra-leves. Como tal, foram tomadas medidas especiais para o espaço aéreo da capital espanhola.

“A situação era muito preocupante. Durante todo o casamento estava agarrada ao telemóvel”, explicou Bono, que estava em contacto com várias personalidades responsáveis pela segurança nacional.

Segundo Bono, o rei Juan Carlos estava a par da situação, “mas o príncipe Felipe não, era o dia dele”.

“O que queríamos era que a celebração terminasse o quanto antes e que os líderes estrangeiros saíssem o mais rápido possível”, disse o antigo ministro da Defesa. “A CNI estava em alerta máximo e estávamos ansiosos pelo final do dia”, confessou.

O medo escalou às 17h50 daquela tarde, depois de os alarmes aéreos terem disparado. Imediatamente, dois helicópteros com atiradores de elite descolaram para patrulhar os céus. Contudo, não foi nada mais que um falso alarme. Até aos dias de hoje, continua sem se saber o que fez soar os alarmes naquele dia.

ZAP //

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