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Lançada para captar ondas gravitacionais, sonda espacial faz descoberta surpreendente

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Lançada no Espaço em 2015 para estudar ondas gravitacionais, a sonda LISA Pathfinder da Agência Espacial Europeia (ESA) também pode fornecer em breve informações valiosas sobre a natureza de outro fenómeno enigmático: a poeira interplanetária.

Um estudo recente, conduzido por cientistas que analisaram os dados fornecidos pelos sistemas da sonda, revelou que a LISA Pathfinder foi atingida pela passagem de grãos de poeira cósmica em pelo menos 50 ocasiões. Ao examinar essas colisões, a equipa de cientistas conseguiu descobrir a origem da poeira.

Usando métodos de modelagem computacional normalmente usados ​​para desvendar sinais de ondas gravitacionais, a equipa conseguiu determinar de onde vinham os grãos de poeira.

Esta informação sugere que a maior parte dessa poeira chamada “zodiacal” – que está espalhada por toda a nossa vizinhança planetária – foi depositada por cometas da família de Júpiter e por cometas tipo Halley, avança o PhysicsWorld.

“O que torna esta técnica possível é a excelente precisão dos sensores da LISA Pathfinder. Usamos um interferómetro de laser para medir a distância entre as massas de teste e a sonda com uma precisão de menos de um trilionésimo de metro”, explicou Ira Thorpe, membro da equipa que realizou os cálculos na NASA.

O estudo sugere que a maior parte da poeira que permeia o Espaço nas vizinhanças do nosso planeta é então proveniente de cometas que circundam Júpiter “com alguma evidência de uma contribuição menor dos cometas do tipo Halley”. Esta descoberta “é inteiramente consistente com os modelos e outras observações independentes”, afirmou.

Mark Jones, especialista na nuvem de poeira zodiacal da Open University, no Reino Unido, referiu que este estudo “fornece uma nova forma de distinguir várias fontes de pó de cometas e asteróides – algo que tem sido um tópico de debate durante muitos anos”.

O especialista apontou que atualmente não há dados suficientes “para o estudo fornecer informações de alta qualidade sobre as fontes de poeira”, mas esta “técnica parece ser sólida e oferece muitas promessas”.

O projeto LISA Pathfinder é liderado pela Europa e foi lançado em 2015 como uma plataforma de testes para projetos como a missão Antena Espacial de Interferometria a Laser – LISA – que deve descolar em 2034.

Uma vez estabelecida em órbita, a LISA irá procurar  ondulações no tecido do espaço-tempo que se propagam pelo cosmos quando os buracos negros ou estrelas de neutrões colidem.

Thorpe e os seus colegas esperam que a próxima missão da LISA também seja capaz de detetar impactos de poeira enquanto realiza o seu trabalho de caça a ondas gravitacionais. “Haverá três naves espaciais e esperamos uma missão de 10 anos, por isso teremos muito mais dados para trabalhar”, conclui Thorpe. Os resultados estão disponíveis no arXiv.

ZAP //

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2 Comments

  1. O homem atravessando séculos e séculos com o nariz virado prá cima veio fazendo descobertas plausíveis mas pelo que muitos já vem percebendo que tudo agora que vem sendo dito, não passa de criaturas com cerebro entorpecido, fazendo do irreal,real tudo porque com certeza não foram analisados psicologicamente para cargos de grande saber na área de ciencia.

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