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A “camisola perdida” de Cristiano Ronaldo está a dividir os madeirenses no Canadá

José Sena Goulão / Lusa

Há 3 anos que ninguém sabe do paradeiro de uma camisola de Cristiano Ronaldo que foi doada pelo Museu CR7 a uma associação madeirense de Toronto. A comunidade madeirense no Canadá, de cerca de 25 mil pessoas, está “indignada e revoltada”.

O desaparecimento de uma camisola de Cristiano Ronaldo oferecida a uma associação madeirense de Toronto está no centro de uma polémica que divide actuais e antigos dirigentes.

A camisola que terá sido utilizada pelo avançado num jogo oficial da Selecção Portuguesa foi doada pelo Museu CR7, mas os actuais dirigentes da associação não sabem onde está e acusam os anteriores dirigentes de a terem escondido.

“Até Dezembro de 2017 nenhum sócio da Casa da Madeira tinha conhecimento de qualquer peça enviada pelo Museu CR7 ou estava em exposição na instituição”, salientou o conselheiro das Comunidades Madeirenses José Rodrigues. A situação está a deixar “revoltada e indignada” a comunidade madeirense no Canadá, como destaca o conselheiro.

Em 2017, uma directora da Casa da Madeira de Toronto, em visita ao Museu CR7, foi informada do envio de umas botas oficiais de Cristiano Ronaldo e de uma camisola utilizados num jogo oficial da Selecção Nacional.

Em 2018, a associação teve eleições e a nova direcção eleita começou a solicitar informações sobre o “paradeiro do material”, explica o conselheiro. “Segundo informação que me enviaram, o envio do material ocorreu no início do ano de 2016”, refere, notando que “já lá vão três anos e a camisola continua desaparecida“.

Entretanto, o anterior presidente entregou as chuteiras oficiais de Cristiano Ronaldo à Casa da Madeira, no dia 18 de Julho de 2018, mas a camisola continua desaparecida.

“Vamos continuar à procura da camisola, apesar das expectativas serem poucas”, frisa o conselheiro  das Comunidades Madeirenses. “Os argumentos que nos têm apresentado são reprováveis e inaceitáveis e foi tudo trabalho de uma irresponsabilidade, de um desrespeito por aquilo que receberam”, desabafa este responsável.

Segundo informações dadas pelo Museu, a camisola foi solicitada e enviada em 2016, e as botas em 2017. O Museu nota que estas deveriam ser juntadas “à camisola que estava alegadamente exposta no salão da Casa da Madeira”, algo que nunca terá, afinal, sucedido.

A 7 de Abril passado, os sócios da Casa da Madeira tiveram conhecimento de todo o episódio e decidiram afastar “seis associados, incluindo o anterior presidente”, que ficam “proibidos de entrar nas instalações da colectividade”, como confirma o presidente da assembleia-geral, Salomé Gonçalves.

O antigo dirigente lamenta ainda toda a situação prometendo estar a trabalhar para “recuperar a camisola perdida”.

Calcula-se que existem cerca de 25 mil portugueses e luso-descendentes de origem madeirense no Canadá.

ZAP // Lusa

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