O Ministério das Antiguidades do Egipto anunciou a descoberta de um túmulo de 4 mil anos, com cores e inscrições extraordinariamente bem preservadas, que está a surpreender os arqueólogos e que pode trazer novas revelações sobre a história egípcia.
A descoberta arqueológica foi feita no mês passado, em Saqqara, no Egipto, mas só foi anunciada pelo Ministério das Antiguidades do país neste fim-de-semana.
O túmulo de 4 mil anos é a última morada de um Alto Funcionário da Quinta Dinastia do Egipto identificado como Khuwy e encontra-se enfeitado com pinturas e inscrições coloridas que se encontram num estado de óptima preservação.
Localizado localizado perto da pirâmide do Faraó Djedkare Isesi, que reinou desde o fim do Século 25 até ao início do Século 24 Antes de Cristo, o túmulo está a intrigar os arqueólogos dado a sua estrutura incomum. A sua entrada presenta características que são, habitualmente, associadas apenas às Pirâmides reais.
Além disso, “as notavelmente bem preservadas cores nas inscrições são consideradas cores reais”, como aponta o Ministério das Antiguidades num vídeo oficial divulgado nas redes sociais.
“O túmulo de Khuwy em forma de L começa com um pequeno corredor em direcção a uma antecâmara e de lá surge uma câmara maior, com relevos pintados representando o dono do túmulo sentado a uma mesa de oferendas”, explica o arqueólogo que liderou as escavações, Mohamed Megahed, em declarações à imprensa egípcia.
Todos os recantos do túmulo estão cobertos de marcas que os arqueólogos estão ainda a analisar.
O Ministro das Antiguidades do Egipto, Khaled al-Enani, visitou o túmulo no passado fim-de-semana, acompanhado por 52 embaixadores estrangeiros, por diplomatas culturais e pela actriz Yosra que é muito famosa no país, numa verdadeira operação de marketing que visa ajudar a revitalizar o turismo local.
Neste momento, os arqueólogos têm mais dúvidas do que certezas quanto ao homem que teve no túmulo o seu “descanso eterno”, designadamente quanto à posição e à influência que teve no reinado de Djedkare Isesi.
Há quem sugira que Khuwy poderia ter ligações familiares com o Faraó. Mas também há quem note que as características reais do túmulo podem, simplesmente, resultar da intenção de marcar uma posição política, no âmbito das “reformas do Faraó da administração do Estado e dos cultos funerários”, como explica o Ministério das Antiguidades.
Djedkare Isesi, que reinou durante 40 anos, ficou conhecido pela implementação de reformas radicais que influenciaram de forma determinante a cultura egípcia, abrindo caminho a novos costumes no Antigo Egipto. O túmulo de Khuwy pode ajudar a perceber melhor essas reformas e a forma como terão sido postas em prática.
Realmente é intrigante. Antigamente era tudo a preto e branco.
Não. Era tudo colorido, tanto no Egito, como na Grécia e em Roma. As cores foram destruídas pelo tempo.
Pois mas aqui é no Egipto onde as cores perduraram ao longo dos séculos, nesse tal Egito possivelmente o país tal como o que lá existe será mais ou menos como os artigos da loja dos chineses.
As TVs eram em preto e branco, o mundo desde sua criação sempre foi colorido até às pinturas rupestres nas cavernas tem cores.
Pois mas aqui é no Egipto onde as cores perduraram ao longo dos séculos, nesse tal Egito possivelmente o país tal como o que lá existe será mais ou menos como os artigos da loja dos chineses.