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Os lobos estão de volta à Holanda

Vestígios e avistamentos de três lobos – duas fêmeas e um macho – têm estado a ser registados consistentemente na Holanda.

Os grupos conservacionistas FreeNature e Wolven in Nederland garantem, de acordo com a Visão, que uma das fêmeas já se pode considerar residente, por estar há seis meses no território, e que os outros dois vivem, pelo menos intermitentemente, na mesma região, em Veluwe, uma zona de floresta no centro-leste do país, perto da fronteira com a Alemanha.

Há 4 anos que há avistamentos de lobos na Holanda – visitantes temporários vindos da Alemanha -, mas os biólogos acreditam que está a formar-se a primeira alcateia holandesa, 140 anos depois de ter morrido o último lobo residente no país. Os especialistas acreditam que a Holanda tem capacidade para acolher 22 alcateias de 5 a 8 lobos cada uma.

Em Portugal, a subespécie da Península, o lobo-ibérico, tem-se mostrado estável, ao fim de séculos de perseguição que levaram o animal praticamente à extinção. Em 2005, data dos últimos censos, havia cerca de 300 indivíduos, espalhados por 65 alcateias, que vivem nas regiões do Minho, sobretudo no Parque Nacional da Peneda-Gerês, Bragança, Vila Real e entre Viseu e Guarda.

Apesar da recuperação, o lobo ainda se encontra classificado como “em perigo”, no Livro Vermelho dos Vertebrados em Portugal. Em 2015, o então secretário de Estado da Conservação da Natureza, Miguel de Castro Neto, causou polémica ao admitir abrir a caça ao lobo para controlar o seu número. “Se se confirmar que a população de lobo aumentou, outras medidas” poderão avançar “, entre elas a “atividade cinegética”.

Nessa altura, o Governo espanhol havia mesmo solicitado à Comissão Europeia para caçar 10% dos lobos do país.

ZAP //

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