Esta segunda-feira, os Estados Unidos ameaçaram penalizar com taxas alfandegárias mais elevadas 11 mil milhões de dólares de importações provenientes da União Europeia.
Numa retaliação ao que Washington diz serem os apoios públicos ilegais dados pela Europa à construtora aeronáutica Airbus, os Estados Unidos ameaçaram, esta segunda-feira à noite, penalizar com taxas alfandegárias mais elevadas 11 mil milhões de dólares de importações provenientes da União Europeia.
O anúncio foi feito na véspera de um encontro de alto nível em Bruxelas entre a União Europeia e a China, em que o comércio internacional será o tema em cima da mesa, com os mercados ainda à espera que a China e os Estados Unidos cheguem a um acordo que reduza o risco de uma guerra comercial.
Robert Lighthizer, representante norte-americano para o comércio internacional, anunciou que irá dar início a um processo na Organização Mundial do Comércio contra a União Europeia de retaliação contra as ajudas públicas dadas à Airbus e que causaram “efeitos adversos aos Estados Unidos”.
Na lista de produtos que constituem 11 mil milhões de dólares das importações norte-americanas provenientes da União Europeia estão bens relacionados com a indústria aeroespacial (aviões, helicópteros e suas componentes) e diversos produtos alimentares (vinhos, azeites e queijos).
Segundo o Público, as discussões entre os EUA e a UE sobre as ajudas à indústria aeroespacial duram já há 14 anos. Os Estados Unidos queixam-se dos subsídios concedidos pelos países europeus à Airbus e a UE queixa-se das ajudas recebidas pela Boeing por via de benefícios fiscais nos EUA.
Ambas as partes abriram processos na Organização Mundial do Comércio, tendo-se vindo a assistir a longas discussões, sem que se tenha chegado a conclusões definitivas. Até hoje, altura em que, segundo Lighthizer, “chegou o tempo da ação”.
Segundo o representante, o objetivo dos EUA é “chegar a acordo com a UE“, acabando “com todos os subsídios inconsistentes com as regras da OMC”. “Quando a UE acabar com estes subsídios, as taxas alfandegárias adicionais impostas podem ser levantadas.”
Se estas sanções económicas avançarem, Portugal poderá vir a sr prejudicado, já que os Estados Unidos são o principal parceiro comercial português fora da União Europeia e o quinto a nível global, com as exportações nacionais a cresceram de 3,4 mil milhões de euros em 2013 para 4,66 mil milhões de euros em 2017, o que representa um aumento de 8,6% em cinco anos, adianta o Dinheiro Vivo.
As maiores empresas nacionais exportadoras para os EUA são a Amorim, Petróleos de Portugal, Bosch, Browning Viana, Continental, Hovione, IKEA Portugal, Navigator e Netsjets Transportes Aéreos. Entre os maiores investidores nacionais no mercado norte-americano estão a EDP Renováveis, Hovione, grupo Amorim, Portucel e o grupo Pestana.
Os Estados Unidos são o principal parceiro comercial português fora da União Europeia e o quinto a nível global, mas…onde está o dinheiro? A maioria das famílias portuguesas continua pobre! Às tantas não precisamos assim tanto dos Americanos como se possa pensar, afinal pobre é pobre, e Portugal irá continuar um dos Países mais pobres da Europa, não estou a ver isso mudar tão depressa pois é uma questão cultural.
Bem dizido!
Venham lá essas taxas, ontem já era tarde. Assim pode ser que a UE Aprenda a não ser subserviente e cãozinho amestrado dos EUA. Está na altura de a UE romper de vez com os EUA, e pode inclusive dizer aos EUA que retire todos os militares e material de guerra da UE. ONtem já era tarde. Mas nós cidades eleitores europeus podemos acelerar a sua retirada ao votar nas europeias em partidos anti NATO. Eu voto.
O Sr. Trump só vê o imediato.
Pois que faça!