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Plásticos inundam praias de Tenerife. “Não é preciso ir à Indonésia para ficar com os olhos em lágrimas”

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Um vídeo mostra quilos e quilos de plástico que deram à costa na ilha de Tenerife, em Espanha. Nas imagens, que rapidamente viralizaram nas redes sociais, é possível ver a praia coberta por dezenas de pequenos plásticos que são, na sua grande maioria, empurrados pela corrente até à costa. 

As Canárias, arquipélago ao qual pertence a ilha de Tenerife, estão localizadas no meio da corrente marinha que atravessa o Atlântico norte, que atua como uma espécie de barreira, fazendo com que os resíduos que são arrastados pelas águas acabem nas suas praias.

As imagens foram gravadas no passado 24 de março, data em que foi agendada uma ação de limpeza coordenada por uma organização ambiental. Durante o vídeo, é possível ouvir María Celma, fundadora do movimento de limpeza marinha Oceano Limpo Tenerife.

Celma lamenta o estado lastimável em que se encontra a praia. “É desolador (…) Tudo o que veem são caminhos de micro-plásticos”.

Não é preciso ir à Indonésia para ficar com os olhos em lágrimas”, comenta a ativista que, com esta gravação, pretende consciencializar a população de que é “essencial” realizar um projeto para proteger o meio ambiente.

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Publicado por Océano Limpio Tenerife em Segunda-feira, 25 de março de 2019

O vídeo foi grava na Playa Grande mas, segundo explicou a ativista em declarações ao Verne, existem várias outras praias atingidas em Tenerife, muitas das quais ainda mais sujas. “Todos os plásticos estão expostos na areia, na Playa Grande, mas existem praias rochosas que são muito mais sujas, mas tal só se percebe ao levantar pedras”.

Depois de o vídeo ter sido divulgado nas redes sociais do movimento, surgiram mais iniciativas individuais e coletivas que visam ir até às praias afetadas para terminar de recolher as camadas de plástico que as cobrem.

Os plásticos são hoje, mais do que nunca, um problema para o meio ambiente. Estas substâncias, que levam anos a degradar-se são uma ameaça real para os mares e para todos os ecossistemas que abrigam.

De acordo com a Greenpeace, todos os anos mais de um milhão de aves e mais de 100 mil mamíferos marinhos morrem devido aos plásticos que acabam no mar.

Este problema ambiental obrigou recentemente à tomada de decisões políticas. A União Europeia pretende, até 2023, proibir produtos de plástico de uso único. Materiais plásticos como pratos, copos, talheres, palhinhas, varas de balões ou cotonetes deverão começar a ter um fim na União Europeia em 2021, prolongando-se a sua retirada até 2023.

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2 Comments

  1. Como se pode observar, pelas declarações de um ex-ministro- Álvaro Santos Pereira, homem serio,toda a verdade que o mundo deve conhecer, é manifestamente manipulada pelo governo. Mas não é só este que manipula, são todos. É por isso, que é muito difícil um politico sério, integrar um grupo, que quando não manipula, está governando para todos menos para quem os elegeu. A tristeza de tudo isto,é que estes, os eleitores, pensam o contrario.

  2. É pena que não identifiquem origem deste lixo! Pois se estes chegam á costa das canárias certamente chegarão ali pelas correntes da circulação Termoalina! Curiosamente esta circulação que apesar de ser da águas profundas influencia também as superficiais. Como sabemos a circulação vem da Ásia, passa por todo ocidente de África e chega à Europa, o que provoca fenómenos como os que se verificam com Nova Iorque e Coimbra que estão praticamente à mesma Latitude mas têm sistemas climáticos muito diferentes. Num lado neva e existem temperaturas a baixo de zero e noutro temos o bom tempo português. A razão é que quando chegam ao Árctico, as águias arrefecerem brutalmente originando fenómenos diversos, levaria aqui algum tempo a explicar, mas basta acompanhar as notícias, em ambas margens do Atlântico. Creio que este lixo chega à Europa vindo de África, pensam lá um pouco como as sociedades africanas têm lidado com o problema do lixo e dos esgotos s céu aberto. Quem paga somos todos nós. Já agora foram fenómenos destes que após os maremotos de 2004 e 2011 na Ásia fizeram com que chegasse lixo vindo deste continente à América, conseguiram identificar a sua origem.

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