Uma jovem do Bangladesh surpreendeu os médicos ao dar à luz gémeos menos de um mês após o nascimento do seu primeiro filho. O “raro incidente” deveu-se a uma gravidez dupla não detetada pela equipa médica que fez o primeiro parto.
Arifa Sultana, de 20 anos, mora no distrito de Jessore e, no passado fevereiro, deu à luz um menino que nasceu de parto normal no hospital Khulna Medical College. Apesar de o bebé ser prematuro e de a gravidez ter tido complicações, Arifa voltou a casa rápido.
Vinte e seis dias após o primeiro parto, as águas da jovem voltaram a rebentar, levando Arifa de volta ao centro médico. “[Arifa] não percebeu que ainda estava grávida de gémeos. As águas da jovem rebentaram novamente 26 dias após o parto e a jovem veio a correr para o hospital”, disse Sheila Poddar, a ginecologista que tratou Arifa no segundo parto, em declarações à agência noticiosa AFP.
A jovem foi então submetida a uma cesariana de emergência a 22 de março. Nasceram dois bebés, um menino e uma menina, saudáveis e sem quaisquer complicações.
“Nunca tinha visto um caso destes em 30 anos de carreira”, disse o diretor de serviços médicos de Jessore, Dilip Roy, deixando críticas à primeira equipa que tratou a jovem no primeiro parto por não ter sido capaz detetar a segunda gravidez.
Um teste de ultrassom revelou depois que Arifa tinha dois úteros. “O primeiro menino nasceu de um dos úteros e os gémeos do outros”, explicou Poddar, frisando que este foi um “incidente raro” com que nunca se tinha deparado antes.
A mãe e as crianças tiveram já alta e, ao que tudo indica, encontram-se bem de saúde. Arifa pertence a uma família com poucos recursos económicos e, apesar de estar feliz com os três filhos, está também preocupada com os anos que se avizinham. Apesar das dificuldades, o seu marido disse que tudo vai fazer para que os seus filhos sejam felizes.
Este não é o primeiro caso de gravidez dupla, que ocorre devido a uma anomalia genética que faz com que algumas mulheres tenham dois útero, observa o The Telegraph. Normalmente, as mulheres com esta condição conseguem manter a dupla gestão sem qualquer problema, mas correm também o risco de aborto espontâneo, parto prematuro ou complicações durante o parto.
ZAP // Russia Today
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