O Governo pretende aumentar os apoios aos casais em que ambos os elementos estão desempregados e têm filhos a cargo, bem como incentivar as empresas a contratar estas pessoas, anunciou hoje o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social.
No decorrer da interpelação ao Governo sobre pobreza e desigualdades sociais, a pedido do Partido Socialista, o ministro Pedro Mota Soares aproveitou para enunciar as várias medidas levadas a cabo por este Executivo para combater a pobreza e ajudar os mais desfavorecidos.
Nesse sentido, o ministro aproveitou para lembrar que foi o atual Governo que majorou em 10% o subsídio de desemprego dos casais em que ambos estão desempregados e têm filhos a cargo ou das famílias monoparentais.
De seguida, Mota Soares anunciou que o Governo pretende “ir mais longe” e que está a ultimar um conjunto de propostas que serão apresentadas aos parceiros sociais no sentido de aumentar o apoio dado a estas famílias e impulsionar o seu regresso ao mercado de trabalho.
No que diz respeito às medidas de estímulo à contratação, o Governo pretende “majorar os apoios dados aos casais em que marido e mulher estão em situação de desemprego, bem como nas famílias monoparentais”.
“Tal como hoje já acontece para situações específicas, queremos majorar e tornar mais fácil o regresso destas famílias ao mercado de trabalho“, disse o ministro.
Por outro lado, em relação à medida destinada a apoiar as empresas na contratação de pessoas desempregadas, Mota Soares apontou que “há um período mínimo de três meses de desemprego para que estas pessoas possam ser elegíveis“.
“Para casais em que ambos caíram no desemprego ou famílias monoparentais queremos abolir essa condição e assim será imediatamente enquadrável num apoio à contratação, priorizando assim graves situações familiares, a que temos de atender em primeiro lugar”, anunciou o ministro.
Mota Soares não explicou, para já, como é que o Governo pretende concretizar estas medidas.
No seu tempo de intervenção aproveitou para descrever as várias medidas que o Governo pôs em marcha, nomeadamente as cantinas sociais, o Programa de Emergência Social ou o aumento das pensões mínimas, sociais e rurais.
Aproveitou também para acusar o Partido Socialista de ter “memória curta” e de ter trocado a memória pelo esquecimento e pela demagogia.
/Lusa