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Metade dos hélis do INEM continuam sem cumprir regras. Ou são substituídos ou ficarão em terra

Tiago Petinga / Lusa

A Agência Europeia para a Segurança da Aviação Europeia (EASA) fez uma fiscalização à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e ordenou a substituição de dois dos quatro helicópteros ao serviço do INEM.

De acordo com a autoridade europeia, os hélis continuam sem cumprir as exigências necessárias para fazer transporte aéreo em casos de emergência médica. A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias.

Um dos helicópteros em causa, o Bell 412, tem “22 anos de existência”, ultrapassando o máximo de 20 anos permitido às aeronaves que procedem a serviços de apoio ao INEM. O limite de 20 anos foi estabelecido no contrato entre a empresa britânica Babcock, que opera os helicópteros do INEM, e os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS). Já o helicóptero Agusta 109P “não tem o desempenho previsto”.

A fiscalização do regulador europeu para a segurança na aviação encontrou “falhas no controlo das regras destas aeronaves”. Os helicópteros certificados para voos de emergência com mais de 20 anos, por exemplo, não têm “o sistema de monitorização de performance dos motores em voo [HUMS]”, refere o JN.

Fonte da empresa britânica Babock, que opera os helicópteros do INEM desde 2018, ano em que venceu um concurso internacional de 38,7 milhões de euros, “garantiu que a substituição dos aparelhos está para breve”.

A empresa, contudo, tinha previsto no final do último ano que os helicópteros fossem substituídos em março deste ano, o que não se verificou.

Por sua vez o INEM, que terá dado dado autorização para a utilização de duas aeronaves irregulares em serviços de emergência médica, “afirmou desconhecer a situação”. Em dezembro do ano passado, já se tinha sabido das irregularidades dos aviões, que continuam sem ser substituídos.

No dia 15 de dezembro de 2018, um helicóptero do INEM caiu em Valongo, provocando quatro mortes. As operações de busca e salvamento “foram dificultadas por o aparelho não dispor de um sinal localizador e por não terem sido respeitados os procedimentos nas comunicações”. O helicóptero que caiu também não possuía “um dispositivo que permite ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes monitorizar a trajetória em voo”.

ZAP //

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