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Professores querem uma manifestação que fique na memória (e prometem a maior de toda a legislatura)

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José Sena Goulão / Lusa

O número de autocarros já reservados levam os sindicatos a acreditar que os 50 mil participantes da manifestação de maio do ano passado podem mesmo ser ultrapassados. Vem aí aquela que promete ser a maior manifestação de professores de toda a legislatura.

Os números só se tornarão claros esta sexta-feira, mas, tendo em conta o número de autocarros já reservados, os sindicatos acreditam que a manifestação deste sábado, que ligará o Marquês de Pombal ao Terreiro do Paço, em Lisboa, pode mesmo ser a maior de toda a legislatura.

Mário Nogueira, da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), acredita que esta manifestação será “superior à do ano passado”, referindo-se à manifestação de 19 de maio de 2018, a maior de uma única classe até agora desta legislatura, que chegou aos 50 mil participantes.

“Os números que tínhamos no início da semana já eram superiores aos do ano passado [na mesma altura]”, explicou o sindicalista ao Diário de Notícias, adiantando que, só na zona centro, já estavam reservados 30 autocarros na segunda-feira. Estes números significativos esperam-se também em zonas como “Santarém, Setúbal e Algarve” e “tendem a crescer nos últimos dois dias”.

Nestes últimos dias, os professores ficaram animados com a notícia de que vários partidos agendaram para dia 16 de abril a apreciação parlamentar do decreto-lei do Governo que devolve aos professores dois anos, nove meses e dezoito dias de tempo de serviço.

O facto de a vice-presidente da bancada do PSD, Margarida Mano, ter reconhecido o direito de princípio dos docentes à totalidade dos nove anos, quatro meses e dois dias por estes reclamados, animou ainda mais os professores. “É um bom sinal, claro que sim”, disse Mário Nogueira.

“A deputada fala de se encontrar agora uma forma sustentada de garantir a recuperação, mas isso é o que nós estamos a admitir desde o momento em que aceitámos o faseamento, aceitando que do ponto de vista orçamental seria difícil fazer esse esforço todo de uma vez. Era o que o Governo deveria ter negociado e não o fez“, afirmou.

Por este motivo, os professores têm motivos acrescidos para aderir à manifestação desta sábado. “Este agendamento vem mostrar às pessoas a importância de estar ali na rua. O motivo do protesto, contra o roubo de seis anos e meio de vida profissional, já seria mais do que suficiente. Mas agora há um segundo: uma manifestação de expectativa positiva e de esperança na Assembleia da República.”

Além das propostas dos partidos, será também discutida no dia 16 de abril uma iniciativa legislativa de cidadãos, independente das organizações sindicais, exigindo a devolução da totalidade do tempo de serviço dos professores. Este documento reuniu mais de 20 mil assinaturas.

LM, ZAP //

7 Comments

  1. os profs não tem vergonha na cara. já ganham 2000 euros. querem mais dinheiro para quê?
    há gente em Portugal que passa fome e estes estúpidos só querem extorquir o governo e os contribuientes.
    porque não reclamaram no governo de passos coelho? foi esse que lhes congelou os salários.
    já recebem dinheiro que lhes chega muito bem. não precisam de mais.

  2. … até entendo as comichões, mas se a coceira é tanta porque raio não saem e dão lugar a outros?
    Tentem o privado, eu tenho curso superior e tenho de me contentar com o salário mínimo (e enquanto ainda tenho emprego), se calhar devia ter seguido o ensino em vez de engenharia.

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