/

Ano em que Titanic afundou não registou um número excecional de icebergs

Teufelbeutel / Wikimedia

"Viagem inaugural do Titanic", óleo de Karl Beutel

“Viagem inaugural do Titanic”, óleo de Karl Beutel

Um estudo da universidade inglesa de Sheffield assegura que, contrariamente ao que se pensava até à data, em 1912, ano em que se afundou o Titanic, não foi registado um número “excecionalmente elevado” de icebergs.

Esta investigação, publicada esta quinta-feira na revista “Weather”, que analisa os registos da época e atuais, revela que o número de icebergues no Ártico foi muito superior em anos posteriores.

Assim, o aumento de icebergs parece ter-se acentuado nos últimos 20 anos e, segundo o professor Grant Bigg, entre 1991 e 2000 “foram registados mais de 700 icebergs e em cinco desses anos houve mais do que em 1912”.

“Vimos que 1912 foi um ano de alto risco de icebergs, mas não de risco excecional“, declarou o autor do estudo, que aponta que “em 1909 foi registado um número mais elevado e que, recentemente, o risco foi maior”.

O estudo, dado a conhecer quando se cumprem 102 anos da viagem do Titanic – que partiu do porto inglês de Southampton a 10 de abril de 1912 – questiona as razões indicadas para o afundamento do navio, que o relacionavam com o elevado número de icebergs no oceano devido a efeitos solares e lunares.

A investigação descarta assim antigas teorias sobre o acidente do navio, ao mesmo tempo que alerta para o aumento da massa de água congelada na atualidade.

Segundo Bigg, o risco de crescimento dos icebergs aumentou nos últimos anos, até superar os números de 1912, ano em que o desastre do Titanic custou a vida a mais de 1.500 pessoas.

O Titanic afundou-se na madrugada de 15 de abril de 1912, depois de colidir com um icebergue. Apenas 700 passageiros sobreviveram.

/Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.