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A Kalashnikov tem uma nova criatura: um drone “suicida” low-cost

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A empresa russa responsável pela produção da Kalashnikov (AK-47) divulgou a sua nova criação: um drone suicida. A tecnologia estará disponível a um preço acessível.

Uma miniatura do drone foi exibida, esta semana, numa exposição em Abu Dhabi, onde as grandes empresas de armamento mostram as suas mais recentes criações. O drone Kalashnikov terá como nome oficial “KUB-UAV”.

De forma semelhante à AK-47, o drone será eficaz, barato e de fácil utilização. O KUB-UAV pode não ser tão grande como os tanques e aviões de combate expostos em Abu Dhabi, mas promete ser tão ou mais revolucionário.

“É um passo em frente rumo a uma nova forma de combate”, disse Sergey Chemezov, presidente da empresa de armamento Rostec, que detém controlo acionista da Kalashnikov.

Com 1,20 metros de largura, o KUB-AUV tem uma autonomia de 30 minutos e consegue atingir os 130 km/h. Com um tamanho reduzido e uma alta velocidade de ponta, o drone consegue carregar três quilos de explosivos.

“Quem comprar um destes drones terá a capacidade de guiar uma bomba com um elevado grau de precisão sem paralelo, à exceção de algumas das bombas mais inteligentes dos militares americanos”, disse o professor de relações internacionais na Universidade de Illinois, Nicholas Grossman.

Autor do livro “Drones and Terrorism”, Nicholas acredita que isto se trata de uma “democratização das bombas inteligentes”. Com um preço acessível, o drone virá “encolher o fosso entre os militares mais avançados e os mais pequenos”, acrescenta.

Apesar da criação da Kalashnikov, os drones suicidas não são algo novo. O próprio ISIS tornou hábito a prática de amarrar explosivos a drones comuns e detoná-los contra tropas em movimento. Este tipo de episódios já aconteceram tanto no Iraque, como na Síria.

Estados Unidos e Israel já usam drones suicidas em combate. A diferença é que só estão disponíveis militarmente dentro de um pequeno circulo de aliados – coisa que o KUB-AUV vem mudar.

Um dos representantes da Kalashnikov recusou dizer à imprensa quanto irá custar este novo drone, mas garante que o mercado alvo será “exércitos mais pequenos”. O que mais preocupa os especialistas com a proliferação da tecnologia é o potencial para uso terrorista, relata o The Independent.

“Estou muito nervoso com as capacidades que estão a ser libertadas, sem saber para onde isso vai levar”, receou Nicholas Grossman.

7 Comments

  1. Tem que pedir licensas à AAN – Força aérea com pelo menos 15 dias de antecedência.
    Caso contrario estão a violar a lei.
    Pensam que é só mandar bombas sem mais nem menos? Cumpram a lei pedindo as devidas licensas.

    (para quem lê de lado, isto é sarcasmo!!!)

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